Confrontos na Bolívia deixam 23 mortos; Evo Morales teme "guerra civil"
Comissão de Direitos Humanos classificou como "grave" um decreto do governo que isenta as Forças Armadas de ações na conservação da ordem
Por iG Último Segundo |
17/11/2019 16:44:32No último sábado (16), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmou que já são "pelo menos" 23 mortos e 715 feridos desde o começo das manifestações na Bolívia.
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A entidade subiu de cinco para nove o número de mortos após confronto entre apoiadores do ex-presidente da Bolívia Evo Morales com as forças policiais na última sexta (15), em Cochabamba.
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A comissão também classificou como "grave" um decreto do governo interino de Jeanine Áñez que autoriza as Forças Armadas a conservar a ordem pública e lhes concede isenção qualquer responsabilidades criminal.
"O grave decreto ignora os padrões internacionais de direitos humanos e, por seu estilo, estimula a repressão violenta", disse a CIDH em uma série de tweets.
Neste domingo (17), à agência de notícias EFE , Evo declarou que teme que possa acontecer uma guerra civil no país devido as notícias dos últimos dias, e pediu que seus apoiadores cessem imediatamente os confrontos.
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"Eu tenho muito medo. Em nosso governo, unimos o campo e a cidade, leste e oeste, profissionais e não profissionais. Agora grupos violentos estão chegando", declarou Evo Morales , quando questionado sobre o risco de uma guerra civil na Bolívia . Ex-mandatário renunciou após quase 14 anos no poder.
La @CIDH alerta para el Decreto Supremo No. 4078 sobre actuación de FF.AA. en #Bolivia , de fecha 15 de nov 2019. El Decreto pretende eximir de responsabilidad penal al personal de FF.AA. que participe en los operativos para reestablecimiento y estabilidad del orden interno. (1/3) pic.twitter.com/297pEsNTVd
— CIDH - Comisión Interamericana de Derechos Humanos (@CIDH) November 16, 2019
La CIDH condena cualquier acto administrativo del gobierno de #Bolívia que atente contra el derecho a la verdad, la justicia y al derecho internacional de los DDHH, particularmente en el contexto de actuaciones de Fuerzas Armadas en las protestas sociales. (3/3)
— CIDH - Comisión Interamericana de Derechos Humanos (@CIDH) November 16, 2019