Confrontos na Bolívia deixam 23 mortos; Evo Morales teme "guerra civil"

Comissão de Direitos Humanos classificou como "grave" um decreto do governo que isenta as Forças Armadas de ações na conservação da ordem

No último sábado (16), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmou que já são "pelo menos" 23 mortos e 715 feridos desde o começo das manifestações na Bolívia. 

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Foto: Reprodução Globonews
cena dos confrontos na Bolívia

A entidade subiu de cinco para nove o número de mortos  após confronto entre apoiadores do ex-presidente da Bolívia Evo Morales com as forças policiais na última sexta (15), em Cochabamba. 

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A comissão também classificou como "grave" um decreto do governo interino de Jeanine Áñez que autoriza as Forças Armadas a conservar a ordem pública e lhes concede isenção qualquer responsabilidades criminal.

"O grave decreto ignora os padrões internacionais de direitos humanos e, por seu estilo, estimula a repressão violenta", disse a CIDH em uma série de tweets.

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Neste domingo (17), à agência de notícias EFE , Evo declarou que teme que possa acontecer uma guerra civil no país devido as notícias dos últimos dias, e pediu que seus apoiadores cessem imediatamente os confrontos.

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"Eu tenho muito medo. Em nosso governo, unimos o campo e a cidade, leste e oeste, profissionais e não profissionais. Agora grupos violentos estão chegando", declarou Evo Morales , quando questionado sobre o risco de uma guerra civil na Bolívia . Ex-mandatário renunciou após quase 14 anos no poder.