Trump confirma morte de líder do Estado Islâmico: "morreu como um cachorro"
Abu Bakr al Baghdadi foi morto durante um ataque militar dos EUA
O líder do grupo extremista do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi , foi morto durante um ataque militar nos Estados Unidos na Síria. A confirmação veio em comunicado do presidente Donald Trump horas depois de a imprensa americana revelar a possibilidade do evento.
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Segundo as emissoras CNN e ABC, que citam funcionários de alto escalão do governo Trump , Al Bagdadi morreu em uma operação do Exército americano no nordeste da Síria. A CNN afirmou que estão sendo feitas análises para confirmar formalmente sua identidade. Já uma autoridade citada pela ABC disse que Al Bagdadi explodiu um colete e se matou.
Em pronunciamento, que teve início às 10h (horário de Brasília), o presidente usou palavras fortes para confirmar a morte: "na noite de ontem, os EUA levaram a justiça até o terrorista número um do mundo. Capturá-lo ou matá-lo vinha sendo nossa missão primordial. Ele morreu após ser encurralado em um túnel, para onde foi gritando e chorando. Acuado, acionou seu colete com explosivos. Morreu como um cachorro , um covarde".
Sobre a operação , Trump ainda confirmou que outros integrantes do grupo terrorista também foram mortos, mas que as forças de operação norte-americanas conseguiram salvar diversos civis, principalmente crianças, que foram retiradas do local antes das mortes.
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De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos ( OSDH ), que tem uma ampla rede de informantes no território, comandos americanos foram deixados de helicópteros na província de Idlib (noroeste sírio), em uma área onde estavam “grupos próximos ao EI”. “A operação tinha como alvos altos dirigentes do EI ”, disse a ONG.
Na manhã deste domingo (27), combatentes do grupo Hayat Tahrir Al Sham (HTS), um braço sírio da Al Qaeda , tomaram posições em torno de uma casa em ruínas, situada no meio de um olival em Barisha, perto da fronteira turca.
Mazlum Abdi, chefe das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos combatentes curdos — aliados de Washington na luta contra o EI —, disse no Twitter que a operação foi resultado de um trabalho “conjunto de informação com os Estados Unidos”, sem confirmar, entretanto, a morte de Bagdadi.
A Turquia — que também realizou uma ofensiva contra os curdos no norte da Síria — afirmou neste domingo que houve uma “coordenação” e “troca de informações” entre Ancara e Washington antes da operação. Se ela for confirmada, seria a maior operação contra um dirigente jihadista desde a morte, em 2 de maior de 2011, de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda abatido pelas forças especiais americanas no Paquistão.
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