
Por volta de 21h deste domingo (27) forma divulgados os primeiros resultados da apuração na eleição argentina. Com 82% dos votos apurados , Alberto Fernández tem 47,6 % e Mauricio Macri tem 40,9 %.
Pelas regras do país, o candidato se elege em primeiro turno se tiver 45% dos votos ou 40%, se o segundo colocado estiver ao menos 10 pontos percentuais abaixo.
Por isso, se o resultado se mantiver, Fernández será eleito no primeiro turno.
Confirmando o cenário deixado pelas eleições primárias de agosto último, o resultado do primeiro turno da eleição presidencial argentina , analistas e importantes meios de comunicação locais já apontamvem para uma “vantagem” do candidato da aliança entre peronistas e kirchneristas Alberto Fernández.
A chapa, integrada também pela senadora e ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), teria, de acordo com informações que estão sendo divulgadas extraoficialmente por empresas de consultoria e canais de TV, alcançado uma vantagem superior a dez pontos percentuais em relação à formada pelo presidente Mauricio Macri e o senador peronista Miguel Angel Pichetto.
Analistas consultados disseram que Fernández
deve superar 50% e Macri não conseguiria chegar a 40%. Nas primárias, o candidato da aliança entre peronistas e kirchneristas ficou 17 pontos acima do presidente.
"Os dados que temos mostram um panorama irreversível . Era o que se esperava", disse um analista que, com dados oficiais ainda não divulgados, pediu para não ser identificado.
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Governo evita falar

Os resultados oficiais devem começar a ser divulgados às 21h e o governo evita falar em números. "Nos parece apressado falar em números . Antecipar-se pode levar a cometer erros", limitou-se a dizer o chefe de gabinete e principal estrategista político do governo, Marcos Peña.
Ao ser consultado sobre um encontro entre o presidente e seu rival antes da abertura dos mercados nesta segunda, o braço direito de Macri não descartou a possibilidade de um eventual segundo turno em novembro e disse que, nesse caso, “não faria sentido”.
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O temor de uma disparada do dólar
é grande e, também, de um forte aumento do risco-país, já que um eventual triunfo de Fernández é visto com preocupação por investidores locais e internacionais. Mais cedo, ao votar, o candidato peronista pediu tranquilidade aos argentinos.
"Estamos vivendo uma enorme crise e temos de ser responsáveis", disse o candidato da aliança Frente de Todos, tentando acalmar os ânimos dos que temem uma nova desvalorização do peso na próxima semana caso sua chapa com Cristina seja a vencedora da eleição.
O ministro do Interior, Rogélio Frigerio, afirmou que a participação superou 80% , uma das mais altas dos últimos anos. Segundo as mesmas informações extraoficiais, o governo Macri teria sido derrotado na província de Buenos Aires, mas teria vencido na capital do país.