Estão previstos para esta sexta (27) milhares de manifestações pelas mudanças do clima em pelo menos 150 países do mundo. O movimento Fridays for Future acredita que essa é a maior manifestação pelo meio ambiente em toda a história. Países em todo o mundo organizaram mais de seis mil eventos através das redes sociais e iniciativas da sociedade civil.
Mais de 40 mil pessoas – um número recorde – manifestaram-se hoje (27) em frente ao parlamento da Nova Zelândia para lançar a greve mundial pelo clima
. Ao todo, cerca de 170 mil pessoas participaram dos atos no país, o que equivale a 3,5% da população neozelandesa.
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Em Wellington, capital do país, juntaram-se crianças com uniforme escolar, adolescentes e velhos ex-combatentes. Nos cartazes , liam-se mensagens como "Nós faltamos à escola para ensinar vocês".
Michael Alspach, de 37 anos, participou da manifestação com a sua filha de 17 meses, Ella, dizendo que não seria capaz de olhar a menina nos olhos se não fizesse tudo para garantir o seu futuro .
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Segundo informações da Agência Ansa, em Milão, segunda maior metrópole da Itália, cerca de 150 mil jovens participaram do ato , que aconteceu também nesta sexta-feira (27), em mais de 160 cidades do país. Em Roma a passeata contou com 100 mil pessoas.
"Se a humanidade não agir agora, causará danos irreversíveis à vida na Terra ", dizia um cartaz. "Alguma coisa mudou no último verão, há mais consciência", afirmou Miriam Martinelli, apelidada por jornais locais de " Greta italiana".
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Portugal também se mobiliza hoje pelo clima , com múltiplas iniciativas associadas a uma greve geral, às aulas, ao trabalho e ao consumo, numa tentativa de envolver a sociedade na defesa do planeta , incentivada pelos jovens.
"Boa sorte a todos os grevistas ao redor do mundo. A mudança está chegando", disse Greta Thunberg , no Twitter. A jovem sueca, que participou nesta semana de uma reunião sobre clima na ONU, liderará uma manifestação em Montreal, no Canadá.