O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deverá se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , na Casa Branca nesta sexta-feira (30), de acordo com o jornal O Globo . O encontro é inesperado e não havia sido previamente anunciado. No dia 10 de setembro, o chanceler Ernesto Araújo tem um encontro bilateral com o secretário de Estado Mike Pompeo.
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Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro dissera nesta quinta-feira (29) que o seu filho Eduardo Bolsonaro , que espera ser indicado para a embaixada nos Estados Unidos, irá em breve aos EUA para se reunir com o presidente norte-americano sem, no entanto, detalhar qual será o objetivo do encontro.
Segundo a revista Crusoé , o chanceler Ernesto Araújo e o assessor internacional da Presidência Filipe Martins também farão parte da delegação que será recebida por Trump.
Na noite de quarta-feira, em jantar com senadores, Eduardo Bolsonaro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro fará a indicação dele à vaga no “momento certo”. Segundo fontes, ele explicou que a demora na indicação se deu porque o presidente ainda estaria “inseguro” de que tem os votos suficientes para aprová-lo. A avaliação de senadores é de que o quórum para o plenário “está muito apertado”.
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Eduardo esteve com Trump na primeira viagem oficial de Bolsonaro ao exterior, a Washington, em março, e depois voltou a encontrá-lo brevemente no final de junho na cúpula do G-20 no Japão. Em março, em uma quebra de protocolo, o deputado foi convidado para uma reunião com os dois presidentes, sem a presença do chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.
O governo brasileiro alega que o fato de Eduardo ter conhecido Trump, seus familiares e outros personagens poderosos de Washington é uma das principais motivações para a nomeação ao cargo de embaixador. Há a expectativa de que o acesso do hoje deputado federal à Casa Branca e ao Departamento de Estado vá ser facilitado, e que a presença do deputado propiciará uma comunicação direta entre o Planalto e Washington.
Interlocutores próximos de Ernesto Araújo também entendem que Eduardo poderá se aproximar do ideólogo e propagandista de extrema-direita Steve Bannon, que vive em Washington. O aprendizado de discursos e técnicas de propaganda e campanha, tendo em mira a eleição presidencial brasileira de 2022, é outro dos motivos que animam o governo.
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A indicação de Eduardo Bolsonaro , que gerou críticas de nepotismo até em setores simpáticos a Bolsonaro, também desperta preocupação em interlocutores de Araújo, pela possibilidade de que a conexão direta entre os Estados Unidos e o Planalto leve a decisões impensadas, tomadas sem que sejam ouvidos mediadores diplomáticos tradicionais e experientes.