Eduardo Bolsonaro: G7 deu 'tapa na cara' de Macron após 'molecagem' do francês
Deputado disse que Macron quer usar a crise ambiental na Amazônia para aumentar sua popularidade na França: "Fake news por ganhos políticos"
Por iG Último Segundo |
27/08/2019 20:28:08Cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washigton, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) adotou um tom nada diplomático ao falar sobre as críticas feitas pelo presidente francês , Emannuel Macron , sobre o aumento das queimadas e desmatamento na Amazônia.
Filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Eduardo Bolsonaro disse que Macron é "moleque" e que o G7 deu um "tapa na cara" do francês, que, ainda segundo o deputado, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores na Câmara, quer usar a crise ambiental brasileira para aumentar sua popularidade na França.
"É lamentável a sua molecagem, nas palavras do general Heleno [ministro do GSI]. Foi muito bem rechaçada [declarações de Macron], não só pelo presidente Bolsonaro, mas por Angela Merkel, por Boris Johnson, por Donald Trump e todos os membros do G7 que fizeram questão de dar um tapa na cara do Macron", afirmou o deputado.
"Temos queimadas? Temos queimadas, óbvio. Ninguém está virando a cara pra isso. Agora, querer fazer 'fake news' pra ter ganhos políticos, aí eu acho que o termo molecagem ficou até barato", acrescentou o filho do presidente.
Eduardo também afirmou que críticos europeus "não têm a mínima moral para exigir de nós a preservação da Amazônia ou agir dessa maneira como o presidente Macron tem feito". Ele defeneu os fazendeiros em outro momento e disse que, "ao lado dos militares, são os que falam com maior propriedade da proteção da nossa Amazônia".
Na última quinta-feira (22), Eduardo Bolsonaro já havia adotado tom crítico ao presidente francês . Em seu Twitter, ele compartilhou um vídeo em que um youtuber chama Macron de "idiota" e escreveu que era um "recado" para o mandatário da França. Nos últimos dias, Macron e Jair Bolsonaro têm se atacado. Nas redes sociais, o brasileiro ofendeu a primeira-dama da França, foi rechaçado por Macron e depois negou a ofensa .