O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (13), citando a inteligência americana, que o governo da China está movendo tropas para a fronteira com
Hong Kong, e pediu calma enquanto os confrontos entre manifestantes e autoridades da ex-colônia britânica continuavam.
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Não ficou imediatamente claro se Trump estava relatando novos movimentos ou movimentos perto da fronteira já relatados na mídia. “Nossa inteligência nos informou que o governo
chinês está movendo tropas para a fronteira com Hong Kong. Todos devem ficar calmos e seguros!”, escreveu no Twitter.
Em uma aparente demonstração de força, a Polícia Armada do Povo realizou exercícios de grande escala na cidade de Shenzhen, na fronteira com Hong Kong, neste final de semana. Em
vídeos publicados pelo jornal chinês Global Times, é possível ver cerca de dez veículos blindados para o transporte de tropas dirigindo-se para o local. Enquanto a polícia
chinesa responde ao Ministério de Segurança Pública, a Polícia Armada está sob controle da Comissão Central Militar e atua em rebeliões, motins, ataques terroristas e outros
atos ilegais.
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Hong Kong tem autonomia política, administrativa e judicial, um modelo conhecido como “ um país, dois sistemas ”, garantido pela Lei Básica , semiconstituição elaborada quando o
território foi devolvido à China pelos britânicos em 1997.
Nesta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, todas as decolagens foram canceladas no aeroporto de Hong Kong em meio a protestosantigoverno e pró-democracia que já se
estendem por dez semanas. Em resposta à escalada de confrontos e violência, a ONU pediu cautela e investigações sobre a violência policial, enquanto a chefe do Executivo local,
Carrie Lam, fez um apelo para que os manifestantes não “empurrem a cidade para um abismo”.
Centenas de manifestantes ocuparam os saguões de embarque e desembarque do aeroporto da cidade, o oitavo mais movimentado do mundo, utilizando carrinhos para impedir que os
passageiros chegassem até os guichês das companhias aéreas e aos portões de embarque.
À noite (fim da manhã no Brasil), um homem foi amarrado e espancado por manifestantes, que afirmaram que ele seria um policial chinês à paisana, infiltrado no protesto. Do lado
de fora, um grupo de policiais da tropa de choque local usou gás de pimenta contra os manifestantes, enquanto tentava escoltar o homem ferido até uma ambulância.
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Mais cedo, o órgão responsável pela gestão do aeroporto anunciou o cancelamento dos check-ins pelo resto do dia, afirmando que as operações haviam sido “seriamente afetadas”.