Advogado de egípcio suspeito de terrorismo diz que cliente é perseguido político

Defensor afirma que cliente mora em Guarulhos, onde é casado e atua como empresário no ramo moveleiro; egípcio é investigado por terrorismo

Foto enviada pela defesa do egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim
Foto: Arquivo pessoal
Foto enviada pela defesa do egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim

Na lista de suspeitos de envolvimento com terrorismo e procurado pelo FBI para interrogatório, o egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim vai prestar esclarecimentos à Polícia Federal ainda nesta semana. De acordo com seu advogado, Musslim Ronaldo Vaz de Oliveira, Ibrahim é um perseguido político em seu país e atua no ramo moveleiro em Guarulhos, onde vive e está casado com uma brasileira.

O advogado nega envolvimento do egípcio com terrorismo. Afirma que Ibrahim ingressou no Brasil em 2018, quando saiu fugido do Egito.

O defensor contou ainda que Ibrahim pertence a um grupo que apoiava o ex-presidente Mohamed Mursi, então da Irmandade Muçulmana, que foi deposto do poder em 2013.

Segundo Oliveira, a polícia militar foi à casa do egípcio na madrugada de ontem para fazer uma busca, mas nada encontrou. Ele sustenta que não existe nenhum mandado de prisão ou investigação contra o egípcio.

Contou ainda que nesta manhã o egípcio chegou a se apresentar para depor na PF , na Lapa, na região central da capital paulista. Segundo ele, porém, a polícia preferiu agendar outra data para a oitiva, já que ainda não estava a par da situação.

Em nota conjunta, os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores confiram que o egípcio entrou no Brasil em 2018, quando obteve a autorização de residência e hoje tem "condição migratória regular", o que significa que o visto do estrangeiro é válido.