Obama pede que americanos rechacem discurso de líderes que ‘normaliza o racismo’

Sem mencionar Trump diretamente, ex-presidente condena linguajar usado pelo sucessor para falar sobre comunidades de migrantes nos EUA

Barack Obama
Foto: Pete Souza / Official White House
Barack Obama

O ex-presidente dos EUA Barack Obama comentou nesta segunda-feira os ataques a tiros que deixaram ao menos 31 pessoas mortas no fim de semana no Ohio e no Texas, fazendo um apelo para que os americanos rechacem o discurso de ódio, medo e intolerância de alguns de seus líderes políticos.

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“Devemos rejeitar completamente o linguajar saído das bocas de qualquer de nossos líderes que alimentem o clima de medo e ódio ou normalizesentimentos racistas ”, disse Obama em comunicado publicado na rede social Twitter, no qual evitou fazer referências diretas ao seu sucessor, Donald Trump.

Diversos políticos democratas têm dito que  Trump pode ser responsabilizado indiretamente pelo ataque em El Paso, Texas, com alguns deles destacando conexões entre sua retórica e a ressurgência do nacionalismo e da xenofobia no país.

Nesta segunda, Trump  pela primeira vez relacionou a ideologia do supremacismo branco ao ataque no Texas, mas não falou em um maior controle da venda de armas, e sugeriu que a doença mental, mais do que o acesso imediato a armas, é o principal problema por trás da epidemia de violência armada no país.

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Trump também não abordou as acusações, feitas indiretamente por Obama e diretamente por outros democratas, de que seu carregado discurso anti-imigração de alguma forma contribuiu para o aumento da tensão racial no país.