Se for embaixador, Eduardo Bolsonaro quer "dar tiros" com Olavo de Carvalho
Em entrevista, deputado federal do Rio falou sobre as vantagens de ocupar o cargo em Washington e a relação que tem com o pensador brasileiro
Falando com jornalistas sobre a possível indicação para a embaixada brasileira em Washington, Eduardo Bolsonaro disse que as principais funções do futuro embaixador do Brasil nos EUA serão “resgatar a credibilidade” e atrair investimentos. Ele acrescentou que o fato de ser filho do presidente pode contar a seu favor para estabelecer pontes.
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" Eu fico imaginado o povo dos Estados Unidos vendo um presidente mandando um filho para o seu país. Não sou diplomata de carreira, não fiz concurso público. Muitas vezes as pessoas entendem que a indicação política demonstra compromisso maior. Imagino que a indicação de alguém tão próxima seria vista com bons olhos", disse Eduardo Bolsonaro .
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Ele disse que, durante viagem recente aos Estados Unidos, conversou com investidores americanos que se queixaram de um sentimento “antiamericano” do Brasil, especialmente nos governos do PT. O deputado afirmou também que não teria influência sobre uma possível ação militar na Venezuela, porque o assunto cabe aos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa).
Eduardo também disse que a política rígida de Trump com relação aos imigrantes é uma questão de política “interna”. Ao ser perguntado sobre uma possível participação do ideólogo Olavo de Carvalho nos quadros da embaixada, ele lembrou a proximidade entre Washington e o estado da Virgína, onde Olavo de Carvalho
mora.
"Esta é uma boa pergunta", disse ele. "Olavo certamente serve como conselheiro. Não tenho contato diário com ele, mas certamente é referência. Independente de estar dentro ou fora do governo. Quem sabe, se futuramente venha a se concretizar, a gente não venha a fazer uns churrascos e dar uns tiros no final de semana no quintal dele", continuou.
O deputado tratou como coincidência o fato de Bolsonaro ter falado publicamente sobre a possibilidade de indicação nesta quinta-feira, um dia após o parlamentar ter completado 35 anos, idade mínima para assumir um posto de embaixador.
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"Assim como também foi coincidência o vereador Carlos Bolsonaro ter 17 anos quando foi eleito vereador (pela primeira vez no Rio). Completou 18 em dezembro e tomou posse em janeiro. Parece que papai do céu fez a gente no ano certinho pra completar as idades mínimas no futuro", finalizou Eduardo Bolsonaro .