O conservador Kyriakos Mitsotakis, do partido Nova Democracia, foi eleito o novo primeiro-ministro da Grécia neste domingo (7), colocando fim ao governo de esquerda liderado por Alexis Tsipras desde 2015. A legenda conservadora obteve 39,5% dos votos, contra 31,3% do partido de esquerda radical Syriza.
Leia também: Oposição venezuelana e Maduro retomam negociações em busca de acordo
Em pronunciamento transmitido na TV grega, Mitsotakis afirmou que a vitória é uma oportunidade de usar seu mandato como primeiro-ministro para mudar a Grécia. "Estou comprometido com menores impostos, muitos investimentos, bons e novos trabalhos e crescimento, o que vai trazer melhores salários e pensões mais altas num Estado eficiente", disse.
Tsipras, por sua vez, ressaltou que aceita a decisão das urnas. Ele ainda afirmou que seu partido "Syriza fez escolhas difíceis para mudar o país, pagando um preço alto". O partido opositor garantirá entre 155 e 167 dentre os 300 assentos do Parlamento. Já a bancada da legenda de esquerda reduzirá de 144 para 80 deputados.
"Os cidadãos escolheram e respeitamos o resultado, porque a mudança de governo é a essência da democracia, não um paradoxo. Eu parabenizei Mitsotakis
e entregarei a ele o gabinete de primeiro-ministro amanhã", afirmou Tsipras à jornalistas.
Leia também: Irmãos contam como sobreviveram à deriva em veleiro na Polinésia Francesa
Posse
Kyriakos Mitsotakis, prestou juramento e tomou posse formalmente nesta segunda-feira (8), um dia após sua vitória nas eleições legislativas locais. A cerimônia ocorreu no Palácio Presidencial de Atenas, diante do presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, e do líder da Igreja Ortodoxa grega, Ieronymos II.
"A Grécia erguerá a cabeça com orgulho", disse Mitsotakis em seu discurso de posse. Em seguida, Mitsotakis se dirigiu à sede do governo, onde foi recebido pelo até então primeiro-ministro, Alexis Tsipras, para uma conversa reservada.
Mudança de rumo
Aos 51 anos de idade, Mitsotakis é considerado um reformista do setor empresarial. Ele assumirá a Grécia após fazer um campanha eleitoral, na qual prometeu relançar a economia do país, criar mais empregos de qualidade, além de se afastar da crise econômica e financeira.
O pleito, que inicialmente ocorreria em outubro, foi antecipado por Tsipras após sua derrota nas eleições para o Parlamento Europeu realizadas em maio passado. Na data, a coalizão de esquerda também ficou em segundo lugar, perdendo para a Nova Democracia .
Leia também: Congresso americano propõe proibição do uso militar de drones chineses
O atual primeiro-ministro enfrentou várias dificuldades em seu governo, principalmente pela situação econômica no país. Além disso, recebeu críticas devido aos problemas gerados pelo desacordo sobre o nome da República do Norte Macedônia. Ao todo, 10 milhões de pessoas foram convocadas a votar nas 21.478 urnas distribuídas em todo o país para eleger 300 parlamentares, cujo mandato terá duração de quatro anos.