Em reunião, Trump troca elogios com Bolsonaro, a quem chama de "homem especial"
Após cancelamento de reunião bilateral, Bolsonaro e Macron também tiveram encontro 'informal' e 'amistoso'; todos estão no Japão pelo G-20
Por iG Último Segundo | - com informações da Agência O Globo |
O presidente dos EUA, Donald Trump , disse na sexta-feira que Jair Bolsonaro é "muito querido pelo povo brasileiro", em uma troca de elogios mútuos, no início da reunião em Osaka, no Japão, durante a cúpula do G-20. Os dois presidentes se encontraram pela primeira vez em março
, durante a visita oficial do brasileiro à Washington.
"Ele é um homem especial, está muito bem, muito amado pelo povo do Brasil", disse Trump. Bolsonaro respondeu: "Eu sou um grande admirador há muito tempo, inclusive antes de sua eleição. Eu apoio Trump , apoio os Estados Unidos, eu apoio sua reeleição".
Jair Bolsonaro pode ser um raro aliado para Trump durante a reunião do G-20 , que pode ser uma das mais conturbadas em vários anos, com as disputas sobre comércio, mudanças climáticas e as tensões no Oriente Médio na agenda.
Na reunião com o Presidente @realDonaldTrump , retomamos assuntos tratados na visita a Washington e introduzimos a idéia de um acordo de livre comércio para fortalecer ainda mais nossa parceria econômica. Trabalhando juntos, Brasil e EUA podem ter impacto muito positivo no mundo. pic.twitter.com/lJoeKXrqTv
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 28 de junho de 2019
Como Trump, Bolsonaro é considerado um cético da mudança climática. O brasileiro também segue o modelo do presidente americano de uso intenso das redes sociais.
Macron e Bolsonaro
Após notícias de que o encontro entre Bolsonaro e o presidente francês Emmanuel Macron ser cancelado, os dois líderes se reuniram nesta sexta-feira para uma reunião "informal" e "amigável" disse um porta-voz do governo brasileiro.
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Macron é um grande crítico do líder brasileiro e, antes do G-20, chegou a dizer que não assinaria o bastante esperado acordo entre o Mercosul e a União Europeia caso Bolsonaro saísse do Acordo de Paris.
Os dois presidentes conversaram por cerca de meia hora, disse o porta-voz do Planalto, Otávio do Rego Barros, em coletiva de imprensa na cidade japonesa: "Foi um encontro amigável, por que não seria?", disse o general, referindo-se à recente crítica de Macron à política climática brasileira.
Segundo Otávio do Rego Barros, as negociações do tratado UE-Mercosul estão "muito avançadas" e o acordo deverá seja tornado público "o mais breve possível". Durante o encontro também foram discutidas questões relativas ao comércio internacional e à fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
O acordo comercial entre os dois blocos comerciais começou a ser negociado em 1999 e está sendo finalizado em Bruxelas e poderá se tornar realidade em breve, apesar da relutância de alguns países europeus, especialmente a França, em proteger seus setores agrícolas.
O Brasil está no alvo de ativistas ambientais, críticos das ONGs e alguns governos, incluindo a Alemanha, por sua política de desmatamento.
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A luta contra a mudança climática é uma das principais questões da cúpula do G-20, que reúne 20 países industrializados e emergentes na sexta e no sábado, uma questão que alguns países, liderados pelos Estados Unidos
, não querem que sejam mencionados no comunicado. final.