Dois atentados suicidas em Túnis, capital da Tunísia , deixaram uma pessoa morta e ao menos oito feridos nesta quinta-feira (27). A primeira explosão aconteceu no centro da cidade, em frente a uma viatura policial e a segunda, nas proximidades de uma delegacia. Até o momento, ninguém assumiu a autoria dos atentados.
Leia também: Maduro promete ser "implacável" com tentativa de golpe na Venezuela
O primeiro homem-bomba acionou o dispositivo que levava por volta de sete horas da manhã, horário de Brasília, em frente a um carro de polícia, no centro da cidade, a cerca de 200 metros da embaixada francesa. Segundo o ministério do Interior da Tunísia , um policial morreu e quatro pessoas ficaram feridas, sendo um policial e três civis.
O segundo atentado aconteceu cerca de uma hora depois, no distrito de al-Qarjani, ferindo outras quatro pessoas.
Leia também: ONU cita Bolsonaro como exemplo de "fracasso de liderança governamental"
"Eu estava fazendo compras com a minha filha quando ouvidos uma grande explosão. Depois do ataque, nós vimos o corpo dos terroristas no chão, próximo ao carro da polícia", disse um homem, que se identificou como Mohamed.
O porta-voz do ministério do Interior do país, Sofian Zaak, disse as identidades dos terroristas ainda não são conhecidas e pediu que a sociedade não entre em pânico.
O governo tunisiano tem lutado contra grupos militantes que operam em áreas remotas, próximas à fronteira com a Argélia, desde 2011.
Em 2015, dezenas de pessoas morreram em ataques terroristas, incluindo dois que miravam pontos turísticos, em um museu e em uma praia. Um terceiro ataque teve como alvo a guarda presidencial em Tunis, deixando 12 mortos. O Estado Islâmico assumiu a autoria pelos atentados e as autoridades colocaram o país em estado de emergência.
Leia também: Morre em Angola professora da UFS que foi internada com malária
Embora a Tunísia , que terá eleições parlamentares em outubro, seja amplamente vista como a única história de sucesso democrático entre os países da “Primavera Árabe”, o país já teve nove governos diferentes desde a derrubada do líder autoritário Zine El-Abidine Ben Ali em 2011, nenhum deles capaz de lidar com os crescentes problemas econômicos.