Philip Neville Arps, de 44 anos, foi condenado nesta terça-feira a 21 meses de prisão por compartilhar o vídeo do atentado a mesquitas na Nova Zelândia , que ocorreu no dia 15 de março. No total, 51 pessoas foram mortas e mais de 40 ficaram feridas após o ataque.
Segundo Tribunal do Distrito de Christchurch, Arps enviou para cerca de 30 pessoas alguns trechos do vídeo do massacre na Nova Zelândia . A transmissão ao vivo foi feita pelo próprio atirador, Brenton Harrison Tarrant , de 28 anos, no Facebook.
O Departamento de Cinema e Literatura da Nova Zelândia, porém, já havia classificado o vídeo como censurável, determinando que seria ofensivo armazenar, compartilhar ou hospedar as gravações em algum site.
Durante o julgamento do caso, o juiz Stephen O'Driscoll disse ainda que quando Arps foi questionado sobre o vídeo, ele descreveu as imagens como "impressionantes", relatou a New Zeland Radio .
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"Sua ofensa glorifica e encoraja o assassinato em massa realizado sob o pretexto de ódio religioso e racial", argumentou O'Driscoll, segundo reportado pela New Zeland Radio .
O número de mortos nos atentados a tiros de março superou o total de homicídios por armas de fogo nos últimos cinco anos na Nova Zelândia. De 2013 a 2017, último ano disponível nas bases de dados locais, 45 pessoas foram mortas por armas de fogo na nação da Oceania, em oposição às 49 mortes já confirmadas nos ataques .
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As autoridades locais anunciaram uma revisão de suas regras para porte e posse de armas , incluindo a proibição da venda de armas semiautomáticas, logo após o atentado na Nova Zelândia .