Líder da oposição venezuelana revela reuniões com generais

López esteve na Embaixada do Chile em Caracas, capital da Venezuela, de onde seguiu para a Embaixada da Espanha, onde permanece desde então

Em entrevista, López disse não temer a ditadura de Maduro na Venezuela
Foto: Reprodução/Twitter
Em entrevista, López disse não temer a ditadura de Maduro na Venezuela

Ele revelou ainda que durante semanas, enquanto estava em prisão domiciliar, revogada após mais de cinco anos, teve reuniões com generais para lançar a "Operação Liberdade" e afastar Nicolás Maduro do comando na Venezuela e garantiu que esta ação é irreversível.

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Mais tarde, López esteve na Embaixada do Chile em Caracas, capital da Venezuela , de onde seguiu para a Embaixada da Espanha, onde permanece desde então, junto com a esposa e a filha.

Justiça ordena prisão

O Tribunal Supremo de Justiça ( TSJ ) da Venezuela  revogou a sentença de prisão domiciliar proferida contra o líder oposicionista Leopoldo López, em fevereiro de 2014. Para o 5° Tribunal de Execução Criminal de Caracas , López violou as condições estabelecidas para que fizesse jus ao benefício.

Para o tribunal, López não só descumpriu as condições da prisão domiciliar, como violou a proibição de fazer pronunciamentos políticos por quaisquer meios, nacionais ou internacionais, “demonstrando, assim, não se sujeitar às medidas” impostas em 2014.

A ordem de prisão foi expedida na tarde da última quinta-feira e deve ser cumprida pelo Serviço Nacional de Inteligência Bolivariana. López deverá cumprir o que resta de sua pena de 13 anos de prisão – da qual já cumpriu cinco anos, dois meses e 12 dias – na prisão militar de Ramo Verde, na cidade de Los Teques, em Miranda.

Invasão

A esposa de López, Lilian Tintori, usou sua conta pessoal no Twitter para denunciar que a  residência do casal foi invadida na noite desta quarta-feira (1º). “Ontem à noite, eles entraram em nossa casa como delinquentes, sem um mandado de busca e sem nós estarmos presentes”, escreveu Lilian. Em entrevista à imprensa venezuelana, a mulher de López afirmou que estava se referindo aos agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), órgão que a Justiça encarregou de prender o líder oposicionista.

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De acordo com Lilian, a casa foi destruída, e pertences da família desapareceram. “Não sabemos qual era a intenção. Já sabiam que nem Leopoldo, nem eu, nem meus filhos, estávamos presentes”, acrescentou ela, que, desde a terça-feira, está com a família na embaixada espanhola em Caracas, na condição de hóspede. “Arrumarei minha casa porque é o nosso lar, é onde vivem nossos filhos. Se tentavam nos amedrontar, seguiremos de pé, firmes, como todos os venezuelanos”, complementou Lilian.