Quase 300 pessoas foram detidas pela polícia britânica durante protestos que estão sendo realizados ao longo dessa semana pelo movimento Extinction Rebellion, em Londres. Segundo as autoridades, a ação dos manifestantes pede pela instauração de um “estado de emergência climática e ecológica” e deve ocorrer em 80 cidades de 30 países, até o próximo dia 22.
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Cinco pontos emblemáticos da capital foram bloqueados pelos manifestantes , que tiveram início na segunda-feira (15): Marble Arch, Oxford Circus, a ponte de Waterloo, Parliament Square e Piccadilly Circus.
De acordo com a polícia local, 290 ativistas foram detidos, sendo que a maior parte das prisões aconteceram na ponte de Waterloo, onde os manifestantes mostraram cartazes que diziam “não existe Planeta B” e “extinção é para sempre”. Algumas pessoas ainda se amarraram a veículos que estavam estacionados na ponte, utilizando cadeados para bicicletas.
Além disso, três homens e duas mulheres teriam ocupado o escritório da empresa petrolífera Shell e quebrado uma janela do local. Apesar da intervenção policial, a fim de manter a ordem pública, nesta terça-feira (16), as ruas ainda estavam interrompidas e a ponte continuou obstruída.
Enquanto isso, na manhã desta quarta-feira (17), dois protestantes subiram em cima de um trem na estação de Canary Wharf, para pedir por mudanças. Segundo as autoridades de Londres , o homem e a mulher ainda colaram a si mesmos no teto do trem, paralisando o serviço.
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Ao The Guardian , Angie Zealter, de 67 anos, que foi presa durante os protestos , afirmou que “este é um momento muito importante da história – deveria ter acontecido há 50 anos, mas pelo menos está a acontecer agora. Estamos a ficar sem tempo e o Governo tem de ouvir-nos”.
O Extinction Rebellion tem como objetivo causar impacto na sociedade por meio de atos de desobediência sem recorrer à violência, reivindicando a implantação de políticas para reduzir as emissões de dióxido de carbono para zero até 2025 e a criação de uma assembleia para que os cidadãos tomem decisões em relação às alterações climáticas e à perda de biodiversidade.
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, chegou a receber uma carta dos manifestantes apresentando as reivindicações e advertindo que os problemas que envolvem as questões climáticas não podem ser ignoradas e precisam ser alvo de ações diretas por parte do Governo.