Pelo menos 15 pessoas morreram na Venezuela em decorrência do apagão que atinge 22 dos 23 estados do país desde a última quinta-feira (7). A informação , divulgada neste domingo (10), é da organização não-governamental (ONG) Codevia, que fiscaliza o "direito à saúde e à vida", de acordo com seu site oficial.
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Segundo a ONG, esse é número de mortos se refere à pessoas com doenças renais, que ficaram ou totalmente sem o tratamento necessário (diálise) ou recebendo-o apenas em partes durante o apagão .
A pane na rede de energia elétrica da Venezuela afetou o funcionamento dos aparelhos, que continua prejudicado, com quase todas as unidades de diálise paralisadas. Por isso, a entidade afirma que o número de vítimas ainda pode se tornar maior.
No Twitter, o diretor da Codevida, Francisco Valencia, afirmou que há 129 unidades de diálises para atender a 10,2 mil pessoas no país. Ele disse também disse que "a falta dos serviços de água, luz e tratamento" estão condenando essas pessoas a morte.
En Venezuela existen 129 unidades de diálisis para atender a 10.200 personas, la ausencia de los servicios de agua, luz y tratamiento los están condenando a muerte. #SinLuz #EmergenciaEnDialisis
— Francisco Valencia (@valenciafran) 9 de março de 2019
A entidade também afirmou que, entre 2017 e 2018, 2.500 pessoas com problemas renais morreram por "falhas, contaminação, defict ou fechamento de unidades de diálise."
No såbado (9), o médico Julio Castro denunciou, também via Twitter, a morte de outras 13 pessoas no estado de Monagas , no nordeste da Venezuela. De acordo com Castro, até o momento, o Hospital Manuel Núñez Tovar contabilizou nove mortes no setor de emergência, duas no departamento de obstetrícia, uma na ala de traumatismos e outra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.
Mais tarde, no mesmo dia, ele confirmou mais quatro falecimentos, totalizando 17.
Reporte hospitales 6:45 pm 9 marzo #SinLuz #enh @medicosxlasalud pic.twitter.com/9sX7Cqyyll
— Dr. Julio Castro (@juliocastrom) 9 de março de 2019
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O doutor também informou que, desde o apagão , as unidades médicas continuam " sem luz e sem gerador elétrico", que os ambulatórios funcionam com "operações reduzidas" e que aparelhos funcionam apenas em alguns locais.