Imagens aéreas captadas por satélites identificaram que a Coreia do Norte começou a reconstrução de um local para o lançamento de mísseis. Pelas imagens, a interpretação é que o processo recomeçou na Estação de Lançamento de Satélites Sohae antes do encontro entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.
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Segundo a imprensa sul-coreana, as informações foram transmitidas a parlamentares e funcionários da inteligência do governo da Coreia do Sul. O acordo, segundo negociações anteriores entre Kim e Trump, era desmontar a estação de mísseis, entre outras construções bélicas e nucleares na Coreia do Norte
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No final do mês passado, o norte-coreano e o norte-americano se reuniram, em Hanói, no Vietnã, no esforço de buscar um acordo para a desmilitarização. Mas as negociações não avançaram.
O representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, que liderou os esforços de negociação antes da cúpula, deve se encontrar nesta quarta-feira (6) com negociadores sul-coreanos e japoneses.
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No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse acreditar que Washington enviará uma delegação à Coreia do Norte nas próximas semanas. Porém, houve um alerta do assessor especial da Casa Branca John Bolton, sobre a possibilidade de elevar as sanções contra os norte-coreanos.
Encontro entre EUA e Coreia do Norte não teve acordo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un , não chegaram a um acordo nesta segunda cúpula, organizada no Vietnã, a respeito da desnuclearização norte-coreana e das sanções norte-americanas ao país oriental.
Uma declaração da Casa Branca afirma que "os dois líderes discutiram diversos meios para avançar a desnuclearização e conceitos econômicos", mas "nenhum acordo foi fechado desta vez". Ainda assim, os ambas as equipes esperam se encontrar no futuro.
Único a falar com a imprensa, em entrevista coletiva, Trump declarou: "Basicamente, eles queriam que as sanções fossem suspensas por completo, mas nós não poderíamos fazer isso. Portanto, precisávamos nos retirar", disse. "A gente tinha os papéis prontos para serem assinados, mas prefiro fazer do jeito certo do que fazer correndo", ponderou o magnata.
Os Estados Unidos foram para o encontro com o objetivo de convencer Kim a desmantelar totalmente o Complexo de Yongbyon, local chave para a Coreia do Norte armazenar suas armas nucleares. Já o ditador norte-coreano, por sua vez, exigiu o fim das sanções, o que foi considerado por Trump como um "desnível" na expectativa entre as nações.
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No entanto, o presidente americano prosseguiu: "Mesmo sem acordo, Kim prometeu que não vai reiniciar os testes nucleares e de mísseis." A expectativa para o encontro também era de que os líderes de Estados Unidos e Coreia do Norte chegassem a um acordo para declarar o fim da Guerra da Coreia, interrompida por um armistício em 1953, mas isso não ocorreu.