O indígena venezuelano Jorge Javier Gonzalez Parra, de 40 anos, morreu neste domingo (3), no Hospital Geral de Roraima, onde estava internado com um quadro grave de traumatismo craniencefálico. Parra já é o terceiro indígena morto nos confrontos dos dias 22 e 23 de fevereiro, quando civis tentaram manter a fronteira entre o Brasil e a Venezuela aberta para entrada de ajuda humanitária.
Os três mortos faziam parte do grupo indígena pemón. Antes de Parra, Rolando García, de 52 anos, morreu no último sábado (2), após não sobreviver aos ferimentos à bala sofridos durante o conflito na vila de Kumarakapay, na Venezuela. Já no dia 27 de fevereiro, Kliver Alfredo Perez Rivero, de 24 anos, morreu após ser baleado.
Além dos indígenas, outras quatro pessoas morreram durante o confronto. Entre eles, uma vendedora de empanadas chamada Zoraida Rodríguez. Ela estava na área onde ocorreu o enfrentamento e morreu no dia 22, enquanto os demais morreram no dia 23 em um hospital da cidade de Santa Elena, na Venezuela.
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O confronto ainda teria deixado, pelo menos, outras 12 feridas pessoas, segundo escreveu o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó , em seu Twitter. "Na comunidade de Kumarakapay, ocorreram duas aberturas de fogo vindas das tropas. O resultado deste crime: 12 pessoas feridas e uma falecida. Nossa solidariedade com eles. Isso não ficará impune".
De acordo com o deputado da Assembleia Nacional Venezuela , Américo de Grazia, devido à falta gasolina e ambulâncias, apenas três dentre os feridos – que estavam com quadro grave de saúde - chegaram a ser transferidos imediatamente a um hospital.
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Os conflitos próximos à comunidade indígena , na fronteira entre a Venezuela e o Brasil, ocorrem desde a quinta-feira 21, quando o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, decidiu bloquear o caminho para a entrada de ajuda humanitária pelo território brasileiro.