Delegação dos EUA vai à fronteira da Venezuela supervisionar ajuda humanitária

Senador republicano Marco Rubio visitou a cidade colombiana de Cúcuta e reclamou do fechamento de ponte: "É um regime criminoso e terrorista"

O senador Marco Rubio lidera a delegação dos Estados Unidos na fronteira da Venezuela com a Colômbia
Foto: Reprodução/Flickr
O senador Marco Rubio lidera a delegação dos Estados Unidos na fronteira da Venezuela com a Colômbia

Uma delegação parlamentar dos Estados Unidos e da Venezuela, liderada pelo senador republicano Marco Rubio, visitou a cidade colombiana de Cúcuta, escolhida para centralizar a ajuda humanitária destinada à população venezuelana. 

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O presidente interino da Venezuela , Juan Guaidó, oposição ao governo de Nicolás Maduro, faz campanha para angariar ajuda humanitária internacional. Porém, Maduro resiste à campanha, alegando que há uma orquestração contra seu governo para organizar uma intervenção militar no território venezuelano.

Em sua conta no Twitter, o senador norte-americano reclamou da presença de contentores, impedindo a passagem das doações. “Na fronteira. Esses contentores atrás de nós foram postos ali por um regime criminoso e terrorista. Não vai funcionar. A comida e os produtos médicos chegarão ao povo”, afirmou Marco Rubio nas redes sociais.

Só em Cúcuta, segundo o senador norte-americano, há mais de 300 toneladas de alimentos e medicamentos “prontos para serem entregues ao povo venezuelano”. Crítico do governo Maduro, Marco Rubio se refere ao presidente venezuelano como ditador e responsável por um regime criminoso e terrorista.

“A Família Criminal de Maduro faz todo o possível para que a ajuda não chegue às pessoas. Isso é pura maldade”, reagiu, nas redes sociais, Marco Rubio, que se reuniu com integrantes da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, que é oposição a Maduro.

O senador foi à ponte Simón Bolívar, entre Venezuela e Colômbia, com os parlamentares venezuelanos. “Conversamos sobre a entrega de ajuda [humanitária], eleições livres e justas e a reconstrução da Venezuela, depois que Maduro e seus aliados saiam. Eu lhes disse para não perderem a esperança”, reiterou o norte-americano.

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Militares reforçam uma espécie de bloqueio na ponte que faz fronteira entre Venezuela e Colômbia desde a última sexta-feira (15). Com ação, a dificuldade para o ingresso de doações aumenta. De acordo com informações da Andina, agência pública de notícias do Peru, há contentores na ponte Tienditas, que liga os locais de Cúcuta, na Colômbia e Urena, na Venezuela . 

Na semana retrasada, a estrada que liga Colômbia e Venezuela havia já sido bloqueada com o tanque de combustível e dois contêineres. A ajuda humanitária foi enviada por alguns países para Cucuta a pedido de Guaidó. Maduro nega que promova um bloqueio na região e diz que a ação é de proteção contra eventual intervenção militar liderada pelos Estados Unidos.