O culto ininterrupto que uma igreja na Holanda estava realizando desde o dia 26 de outubro , a fim de impedir que uma família armênia fosse deportada chegou ao fim. A igreja Bethel, localizada em Haia, anunciou, nesta quarta-feira (30), que os imigrantes e as autoridades holandesas finalmente chegaram a um acordo que permitirá que a família permaneça no país.
Após viverem quase nove anos na Holanda, os imigrantes armênios tiveram seu pedido de asilo negado, mesmo após terem alegado que corriam perigo iminente no país de origem e destacarem as constantes ameaças de morte que recebiam, motivadas pelo ativismo político do pai Anousche. A família Tamrazyan é composta também pela mãe Sasun e três filhos: Hayarpi, de 21 anos; Warduhi, de 19 anos e Seryan, de 14 anos.
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Após terem seu pedido negado, os imigrantes se refugiaram na casa do antigo sacristão, acima da capela, um dia antes do início do culto, no dia 26 de outubro. Desde então, cerca de 650 pastores da Holanda, França, Bélgica e Alemanha têm realizado missas constantes com duração de 24 horas, já que uma lei holandesa proíbe que autoridades conduzam operações durante serviços religiosos. A estratégia era abrigar os imigrantes na igreja e garantir que o culto durasse por todo o período em que eles estivessem lá.
O acordo proposto pelo governo holandês permite rever as demandas de cerca de 700 crianças que cresceram no país e tiveram pedido de asilo negado. "O acordo político alcançado na terça oferece à família armênia Tamrazyan uma perspectiva de futuro na Holanda ", manifestou comunicado da igreja. A “maratona” de cultos que durou 97 dias seguidos terminou às 13h30 desta quarta-feira (10h30 no horário de Brasília).
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No Twitter, a filha mais velha, que atua como porta-voz da família, comemorou a conquista dos imigrantes . “Gostaríamos de agradecer a todos que contribuíram para este maravilhoso asilo da igreja Bethel. Nós carregamos juntos, com todos os voluntários, pastores, visitantes, etc”, escreveu Hayarpi.