Presidentes de Rússia e Turquia chamam Maduro de “irmão” e pedem "resistência"

Tayyip Erdogan e Vladimir Putin discordaram da maioria dos presidentes da UE e declararam apoio a Maduro diante da crise política vivida na Venezuela

Erdogan chamou Nicolás Maduro de 'irmão'
Foto: Divulgação/Governo da Turquia
Erdogan chamou Nicolás Maduro de 'irmão'


Após a onda de reconhecimentos do autoproclamado presidente Juan Guaidó , Rússia e Turquia saíram, nesta quinta-feira (24), em defesa do regime de Nicolás Maduro. Os dois países são os principais aliados do chavismo e prometeram investir na Venezuela para ajudar a tirar o país da crise.

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O presidente Vladimir Putin ainda telefonou para Nicolás Maduro e garantiu que "apoia as legítimas autoridades da Venezuela".

Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, a autoproclamação de Guaidó, reconhecida pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela maior parte da América Latina e pela União Europeia, é um "caminho rumo à ilegalidade e a um banho de sangue".

 "Os venezuelanos têm direito de determinar o próprio futuro. Uma interferência externa, ainda mais neste momento, é inaceitável", diz uma nota da pasta russa .

Já o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan , chamou Maduro de "irmão" e pediu para ele "resistir". "Opomo-nos a qualquer tentativa de golpe de Estado, sem distinções", afirmou, fazendo referência também ao movimento que tentou derrubá-lo, em julho de 2016, e que levou a um recrudescimento do regime em Ancara.

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A China, por sua vez, pediu para os Estados Unidos não interferirem na situação venezuelana, mas manteve uma postura ambígua. "Todas as partes envolvidas devem permanecer racionais e equilibradas e buscar uma solução política, no âmbito da Constituição", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Hua Chunying.

Maioria da União Europeia apoiam opositor de Nicolás Maduro

Foto: Reprodução
Opositor de Nicolás Maduro, Juan Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela nesta quarta-feira (23)


Embora as instituições europeias tenham demonstrado apoio a Guaidó, os países-membros ainda não se pronunciaram individualmente de forma unânime. França e Reino Unido, por exemplo, não reconhecem mais a legitimidade de Maduro, porém a Itália preferiu ser mais diplomática.

"Acompanho os acontecimentos na Venezuela e expresso forte preocupação pelos riscos de uma escalada da violência. Estamos próximos ao povo venezuelano e à coletividade italiana no país.Desejo um percurso democrático e que respeite a liberdade de expressão e a vontade popular", disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte, sem declarar apoio explícito a Guaidó.

O autoproclamado presidente tem apenas 35 anos e é aliado de Leopoldo López, considerado "preso político" pela oposição a Nicolás Maduro . Já o chavista ainda tem a seu lado as Forças Armadas, embora Guaidó tenha acenado com uma anistia para militares.

*Com Agência Ansa