Médicos cubanos que deixaram o Brasil vão trabalhar na Venezuela

Em pronunciamento na televisão, Nicolás Maduro criticou Bolsonaro e disse que os cubanos que deixaram o Mais Médicos vão ajudar a Venezuela diante da crise de saúde enfrentada pelo país; ele também provocou Donald Trump

Nicolás Maduro confirmou que a Venezuela vai receber médicos cubanos
Foto: Divulgação/Twitter - @NicolasMaduro
Nicolás Maduro confirmou que a Venezuela vai receber médicos cubanos


Obrigados a deixar o Brasil com a saída de Cuba do programa Mais Médicos, os médicos cubanos vão atuar na Venezuela. É o que disse o presidente Nicolás Maduro nesta sexta-feira (18). De acordo com o chefe de estado, já existe um acordo com o país caribenho e cerca de 2 mil profissionais passaram a trabalhar em território venezuelano.

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Na próxima semana, vamos ter um evento especial que celebra a chegada de 2 mil novos médicos cubanos de família que Cuba vai nos enviar. Eles estão vindo do Brasil”, disse o presidente da Venezuela.

Cuba decidiu retirar os profissionais do Brasil após as eleições. Contrária à política de Jair Bolsonaro, frequente crítico do sistema cubano, o país caribenho optou por deixar o programa Mais Médicos , criado durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

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Após decisão, Bolsonaro chegou a declarar que os 11 mil cubanos que atuavam no Brasil eram submetidos a "trabalho escravo", já que ficavam longe de seus familiares e a maior parte do salário pago pelo governo brasileiro ia diretamente para Cuba e não para o profissional.

Na sua declaração sobre a vinda dos cubanos para a Venezuela, Maduro fez críticas a Bolsonaro e disse que o novo presidente implementa o fascismo no País.

“O fascismo brasileiro encerrou o projeto de saúde e os 2 mil médicos estão vindo para a Venezuela”, afirmou Maduro.

Além de médicos cubanos, Maduro pede encontro com Trump

Foto: Divulgação
Nicolás Maduro confirmou médicos cubanos na Venezuela e desafiou Trump


No mesmo pronunciamento, o presidente venezuelano provocou Donald Trump e afirmou que no seu governo há pessoas com quem "se pode falar e negociar". Desafiando, Nicolás Maduro disse que "cedo ou tarde, os dois vão se encontrar" e não vê a hora para que isso aconteça.

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"Sei que somos pessoas muito diferentes, presidente Trump. Somos países diferentes, mas estamos no mesmo hemisfério (...) e, cedo ou tarde, seremos obrigados a falar, a nos entender", disse.

Desconvidado para a posse de Jair Bolsonaro, Nicolás Maduro sabe que não terá o apoio do Brasil para uma complicada luta política que enfrentará junto a oposição. O Parlamento venezuelano já declarou que a presidência foi usurpada. Com a população enfrentando graves problemas de sanemaneto, emprego e saúde, o presidente espera que com os auxílios de médicos cubanos possa, ao menos, diminuir a crise no atendimento a necessitados.