Odebrecht teria pago subornos e caixa dois a candidatos
Divulgação/Odebrecht
Odebrecht teria pago subornos e caixa dois a candidatos

O ex-secretário de transparência da presidência da Colômbia e testemunha-chave na investigação do caso Odebrecht no país, Rafael Merchán, de 43 anos, foi encontrado morto em seu apartamento em Bogotá nessa quinta-feira (27). É a segunda vez que uma testemunha do caso aparece morta na Colômbia neste ano. 

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As causas da morte ainda não foram esclarecidas. Merchán ia depor a favor de Luis Fernando Andrade, ex-diretor da Agência de Infraestrutura Nacional (ANI) que é acusado de interesse indevido na celebração de contratos, de ocultação, adulteração ou destruição de provas e de falso testemunho no processo de suborno da Odebrecht na Colômbia. 

Ele também foi testemunha na acusação contra o ex-governador de Sucre, Julio Guerra Tulena, e alertou a Justiça sobre anomalias em uma licitação que beneficiou a empresa Aposucre. Merchán viajou para Miami no dia 18 de dezembro e sua defesa afirma que ele já havia sofrido ameaças. 

No entanto, a família de Merchán divulgou um comunicado afirmando que ele se suicidou, que a morte foi uma "decisão pessoal e autônoma" e pediu que a imprensa respeite o luto da família. O corpo está passando por uma autópsia e o resultado deve ser revelado entre sexta e sábado.

É a segunda testemunha -chave do caso que é encontrada sem vida no país. O primeiro foi Jorge Enrique Pizano ex-auditor que faleceu em decorrência de um enfarte. Três dias depois, seu filho, Alejandro Pizano, também morreu vítima de envenenamento

O curioso é que a água envenenada estava em um criado-mudo no quarto de seu pai, Jorge Pizano. Por isso, a promotoria abriu uma investigação para descobrir quem colocou a bebida no local e com qual intenção. Como o pai morreu três dias antes, um novo inquérito foi aberto para apurar se a morte do delator foi realmente um enfarte ou há um crime por trás do caso.

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A investigação também analisa o contrato de concessão para a construção da rodovia Ruta del Sol II, concedido à Odebrecht , que teria pago US$ 11 milhões em subornos e caixa dois a candidatos, mas a procuradoria-geral do país afirma que o valor seria muito mais alto, 84 bilhões de pesos.

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