O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que virá ao Brasil para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro. A presença do premiê israelense na cerimônia já havia sido aventada pela própria assessoria de Netanyahu e foi confirmada oficialmente neste domingo (23) pelo próprio chefe de Estado.
Benjamin Netanyahu classificou sua vinda ao Brasil como uma "visita histórica" e disse que terá encontro reservado com Bolsonaro antes da posse do novo presidente da República.
"Nesse fim de semana, farei uma visita histórica ao Brasil. Logo na chegada, vou me encontrar com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e depois com outros líderes", disse o premiê antes de reunião com sua equipe ministerial, conforme reportado pela agência EFE .
"Esta visita também trará importantes notícias diplomáticas: um 'ponto de inflexão' nas relações de Israel com o maior país da América Latina", complementou.
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Netanyahu explicou que o estreitamento de laços com o Brasil pode representar importante ganho comercial para Israel. "Há duas maneiras de gerar crescimento na economia israelense: uma é criar novos produtos e a outra é abrir novos mercados. O Brasil é um mercado enorme, quase 250 milhões de pessoas; a abertura deste gigantesco mercado criará novos empregos em Israel e ajudará a nossa economia."
"Passo a passo, metodicamente e persistentemente, estamos transformando Israel em uma potência global crescente", finalizou o primeiro-ministro.
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A relação entre Netanyahu e Bolsonaro já tem sido assunto internacional antes mesmo de o presidente eleito assumir a Presidência do Brasil.
Afinal, Bolsonaro já manifestou publicamente a sua intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, um pleito israelense. A decisão é histórica, pois entende que Jerusalém pertence ao povo de Israel e não aos palestinos. Até agora, o Brasil se mantinha diplomático quanto a essa questão, seguindo recomendações da própria Organização das Nações Unidas, de manter a embaixada em Tel Aviv.
Até o momento, apenas três países já fizeram essa mudança: os Estados Unidos, a Guatemala e o Paraguai. O primeiro a mover a embaixada foi a nação de Donald Trump , que enfrentou séria apreensão e crítica mundial por ter decidido pelo lado de Israel de Benjamin Netanyahu na disputa da terra santa.