O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (19) que o grupo terrorista Estado Islâmico foi derrotado e que, por isso, fará a retirada dos soldados norte-americanos da Síria. “Nós derrotamos o Estado Islâmico na Síria. Essa era minha única razão para estar lá durante a presidência", explicou o republicano.
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Em nota divulgada pela Casa Branca, a porta-voz Sarah Sanders confirmou a decisão do presidente de retirada das tropas da Síria e, inclusive, informou que os soldados já começaram a deixar o país. Porém, Sarah frisou que a volta das tropas para os Estados Unidos não significa que a missão acabou, mas sim, que ela está entrando em uma nova fase.
A secretária ainda disse que, tanto o país, quanto seus aliados, estão preparados para voltar à guerra e poder defender os interesses norte-americanos. Essa era uma das promessas de Trump , desde o início de sua campanha. Segundo a imprensa norte-americana, o prazo de retirada dos mais de 2 mil soldados que estão na Síria é de um mês, porém ainda está em definição a data de quando cada militar voltará para casa.
O Estado Islâmico, também conhecido como ISIS e Daesh, estabeleceu-se na Síria entre 2014 e 2015, durante o vácuo de poder na Síria e no Iraque, com a intenção de consolidar um governo próprio e autoritário, chamado califado, baseado na sharia - a lei islâmica; e divulgar pela internet suas ideias sobre o Islã, inspirando o terrorismo no Ocidente.
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After historic victories against ISIS, it’s time to bring our great young people home! pic.twitter.com/xoNjFzQFTp
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 19 de dezembro de 2018
As tropas americanas foram enviadas a Síria durante o governo do antecessor Barack Obama, com a finalidade de liderar uma aliança internacional contra o grupo terrorista, porém sem ter a intenção de acabar com a guerra civil local.
O serviço de inteligência norte-americano acredita que o Estado Islâmico controle, atualmente, apenas 1% do que território que tinha anteriormente.
Porém, não são todos que concordam com o anúncio feito pelo presidente. Algumas autoridades do governo Trump, incluindo o secretário de Defesa, James Mattis, acreditam que a retirada por fortalecer os terroristas, que ainda tem controle de certas partes do país.
O senador Marco Rubio, também do partido republicano, chamou a decisão de um “erro colossal”, já que entrega a Síria para a Rússia e o Irã, países aliados do ditador sírio, Bashar al-Assad.
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A ministra para Assuntos Europeus, Nathalie Loiseau, anunciou que a França permanecerá na Síria e relembrou o recente atentado realizado pelo grupo contra um mercado de Estrasburgo. “A luta contra o terrorismo não acabou”.
*Com informações da Ansa.