A Venezuela vai receber ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta segunda-feira (26), a organização intergovernamental liberou um fundo de emergência de US$ 9,2 milhões – cerca de R$ 35,5 milhões, sendo a primeira assistência destinada ao país.
O montante será destinado a programas humanitários para saúde e assistência nutricional, principalmente a mulheres e crianças venezuelanas. Segundo a agência Reuters, o regime de Nicolás Maduro estava relutante em aceitar ajuda internacional e culpava as sanções de outros países pelo colapso econômico e político no qual a Venezuela mergulhou nos últimos anos.
No último dia 8, as agências das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e para Migrações (OIM) informaram que o número de refugiados e migrantes que deixaram o país venezuelano nos últimos anos devido à crise político-econômica atingiu a soma de 3 milhões de pessoas em todo o mundo.
Segundo o levantamento, baseado em dados enviados pelas autoridades nacionais de imigração, a maior parte dos migrantes (2,4 milhões) se deslocou para países da América Latina e do Caribe. Também há registro de chegada dos refugiados a países da América Central, como o Panamá, onde vivem 94 mil venezuelanos.
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A Colômbia é o país vizinho que tem mais venezuelanos abrigados: mais de 1 milhão de migrantes. Os outros países com maior número de venezuelanos são: Peru (meio milhão), Equador (220 mil), Argentina (130 mil), Chile (100 mil) e Brasil (85 mil).
No comunicado, as agências da ONU ressaltam que a política de fronteira aberta para os refugiados é louvável, mas lembram que o intenso o fluxo migratório aumenta significativamente também as necessidades dos migrantes e compromete a capacidade de recepção dos países acolhedores.
As organizações destacam que a resposta humanitária está sendo liderada pelos governos da região por meio do processo de Quito, que visa no âmbito regional a ampliar e harmonizar as políticas de acolhimento dos países.
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De acordo com as agências da ONU, em dezembro, será lançado um Plano Regional de Resposta Humanitária para Refugiados e Migrantes venezuelanos (RMRP) pela Plataforma Regional de Coordenação Interagencial, que atua desde setembro no fortalecimento à resposta operacional por meio do apoio de 40 parceiros e participantes, incluindo agências da ONU, organizações internacionais, sociedade civil e organizações religiosas.
A Venezuela atravessa uma crise política e econômica aguda, com a hiperinflação que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), alcançará 1.350.000% este ano.