A Academia do Prêmio Nobel, na Suécia, anunciou, nesta sexta-feira (5) os ganhadores do prêmio Nobel da Paz de 2018. A dupla ganhadora é considerada exemplo dos esforços necessários para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerras e conflitos armados.
Leia também: Nobel de Química premia trio por estudos sobre evolução das enzimas
Os agraciados pelo prêmio Nobel da Paz deste ano foram o congolês Denis Mukwege e a ativista do povo yazidi Nadia Murad. Ambos protagonizaram documentários recentes: Mukwege em The Man Who Mends Women (2015) e Nadia em On Her Shoulders (2018).
"Cada um deles, à sua maneira, ajudou a dar maior visibilidade à violência sexual em tempo de guerra, de modo que os perpetradores possam ser responsabilizados por suas ações”, diz o texto oficial. Esse é o prêmio que reconhece a maior contribuição para a paz mundial.
Médico ginecologista, Denis Mukwege atua nos cuidados e na defesa das vítimas de violência e abuso sexual. Já Nadia Murad , da minoria yazidi perseguida em vários países, é uma ativista considerada testemunha dos abusos. Além de tudo, ela foi escrava sexual do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque.
Leia também: Nobel de Medicina vai para americano e japonês por terapia contra o câncer
Indicados para o Nobel da Paz deste ano
Anualmente, a lista de indicados é mantida em sigilo, por conta disso, há uma certa dificuldade em saber exatamente quem são eles. Neste ano, porém, foi informada quantidade de concorrentes: 311, sendo 216 pessoas e 115 organizações.
Entre as opções que integram publicamente a lista então os líderes coreanos Kim Jong-Um, da Coreia do Norte, e Moon Jaen-in, da Coreia do Sul. Além deles, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também estava na lista, por causa da aproximação entre as duas Coreias.
Leia também: Trio ganha prêmio Nobel de Física 2018 por descobertas com laser
O primeiro prêmio como esse foi entregue em 1901. Temas ambientais, de direitos humanos e combate à pobreza já estiveram entre os assuntos de destaque do Nobel da Paz . No ano passado, a Campanha Internacional pela Abolição de Armas Nucleares recebeu o prêmio sozinha.
* Com informações da Agência Brasil.