A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, fez história nessa segunda-feira (24) ao levar sua filha de apenas três meses, Neve Te Aroha Arden Gayford, para a Assembleia Geral da ONU. Segundo informações da CNN , a bebê foi fotografada com a mãe e o pai, o apresentador Clarke Gayford, durante uma homenagem a Nelson Mandela.
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Neve até mesmo ganhou uma credencial da Assembleia Geral da ONU , na qual foi apelidada de “first baby”, ou seja, “primeira bebê” em português, e tem roubado a cena nos bastidores da reunião dos líderes mundiais. “Eu queria ter fotografado os rostos assustados da delegação japonesa dentro da ONU ontem quando entraram em uma sala de reuniões no meio de uma troca de fraldas”, escreveu Gayford em seu Twitter.
Neve Te Aroha Ardern Gayford at the UN today. pic.twitter.com/D6RVmagcYf
— Eileen Kiffin (@KiffinEileen) 25 de setembro de 2018
Ardern explicou para a imprensa que levar Neve para a Assembleia foi uma “decisão prática”, tendo em vista que ela sempre está próxima da mãe na Nova Zelândia , “ela só não costuma ser flagrada”, destacou.
A família viajou para Nova York e, agora, a bebê passa a maior parte do tempo com o pai, que é o principal responsável pelos cuidados da criança seja nos Estados Unidos ou em seu país natal. Contudo, como a primeira-ministra ainda está amamentando, Neve a acompanha durante todos os compromissos oficiais.
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Jacinda Ardern e Neve antes da Assembleia Geral da ONU
Ardern foi a primeira líder mundial em quase 30 anos a dar à luz enquanto estava no comando do cargo e já explicou que espera que “um dia isso se torne normal”. Sua filha nasceu em junho e, após seis semanas de licença-maternidade, a neozelandesa voltou às atividades de primeira-ministra no último mês.
Ela se tornou a líder mais nova de seu partido e a primeira-ministra mais nova de seu país após 150 anos. Sua vitória, em outubro do ano passado, marcou a primeira conquista do Partido dos Trabalhadores em nove anos, sendo que ela liderou o grupo durante três meses antes de ser eleita.
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Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU , a premiê disse que “se Mandela pudesse gerar a paz, o resto da África do Sul também poderia. Aquele único ato de triunfo e reconciliação disse muito sobre quem Nelson Mandela era: sua capacidade de perdoar, seu compromisso com a reconciliação e sua habilidade de liderar e inspirar contra todas as probabilidades”.