Após ser acusado que acobertar abusos sexuais dentro da Igreja Católica desde o ano de 2013, o papa Francisco afirmou a jornalistas que vai não vai comentar a carta escrita pelo embaixador aposentado do Vaticano nos Estados Unidos arcebispo Carlo Maria Vigano.
"Li nesta manhã esse comunicado. Digo sinceramente: leiam vocês atentamente aquele comunicado e façam o julgamento de vocês. Não direi uma palavra sobre isso. Acho que o comunicado fala por si, e vocês têm capacidade jornalística suficiente para tirar as conclusões”, afirmou papa Francisco .
O pontífice fez a declaração durante viagem de volta a Roma, na Itália. O líder religioso esteve no final de semana na Irlanda, para participar do Encontro Mundial da Família. Entre suas falas, pediu perdão pelos casos de abuso sexual cometidos por padres contra crianças e adolescentes.
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Acusações contra o papa Francisco sobre abusos sexuais
Problema antigo da Igreja Católica, os crimes de abuso sexual voltaram à tona após publicação pela Suprema Corte da Pensilvânia, nos Estados Unidos, de um relatório que documenta 300 supostos casos de "sacerdotes predadores" sexuais. No documento, são identificadas cerca de mil crianças e adolescentes que foram vítimas de abusos desde a década de 40.
Já neste domingo (26), a imprensa norte-americana revelou uma carta em que Carlo Maria Vigano acusa o papa de saber desde 2013 que o ex-arcebispo de Washington cardeal Theodore McCarrick convidava regularmente seminaristas para a cama.
Apesar de saber que “McCarrick era um predador”, o pontífice teria reabilitado o ex-arcebispo, segundo o embaixador aposentado. Em julho deste ano, o cardeal acusado de pedofilia pediu renúncia do cargo, pedido esse que foi aceito pelo líder da Igreja Católica.
O ex-arcebispo, de 88 anos, ficou ainda suspenso de qualquer ministério público por ter sido acusado de pedofilia e ter violentado um adolescente há 45 anos, quando era padre em Nova York, nos Estados Unidos. Além disso, McCarrick também teria mantido relações com seminaristas adultos.
Vigano afirma em carta de 11 páginas que papa Francisco apenas tomou uma atitude mais forte com McCarrik após “ser forçado” pela mídia, que chamou atenção para as denúncias contra o ex-arcebispo. O papa teria punido o cardeal para “proteger sua imagem”. O emabaixador aposentado, porém, não apresentou provas das alegações.
*Com informações da Agência Ansa