Além da escolha do novo presidente, o Congresso Nacional será renovado nas eleições no México, que ocorrem hoje
Juán Carlos Cruz/Agência Brasil
Além da escolha do novo presidente, o Congresso Nacional será renovado nas eleições no México, que ocorrem hoje

Entre este domingo (1º) e esta segunda-feira (2), os mexicanos enfrentam dois dias decisivos, na política e no futebol. Isso porque, hoje é dia de eleições no México, quando o povo vai escolher o novo presidente da nação. Amanhã, a seleção mexicana jogará contra o Brasil, pelas oitavas de final da Copa do Mundo .

Cerca de 89 milhões de eleitores irão às urnas neste domingo para escolher o novo mandatário do México que, nos próximos seis anos, governará a segunda maior economia latino-americana, depois da brasileira. As eleições no México , porém, não têm sido encaradas por um espírito muito esportivo. Afinal, é a mais violenta que o país já viveu. 

Durante a campanha, 130 políticos foram mortos – muitos deles candidatos aos 18 mil cargos em disputa. Os assassinatos são atribuídos às gangues e aos cartéis do narcotráfico, que brigam por território e poder, comprando alianças e matando os que se opõem.

A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) pediu aos 32 governos estaduais, inclusive o da capital, Cidade do México, medidas especiais para proteger os jornalistas, que cobrirão a maior eleição no México da histórica recente.

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Além do presidente, os mexicanos renovarão o Congresso Nacional e escolherão governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores.

Eleições no México: inclinando à esquerda

Todas as pesquisas de intenções de voto indicam que, num país tradicionalmente governado por dois partidos: o Partido Revolucionário Institucional (PRI), do atual presidente Enrique Peña Nieto, e o Partido de Ação Nacional (PAN), hoje é dia de reviravolta.

Afinal, dos quatro candidatos à presidência, o favorito é o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, do Movimento Regeneração Nacional (Morena).

Aos 64 anos, essa é a terceira vez que AMLO disputa a presidência. Ele começou a carreira política no PRI, que elegeu todos os presidentes mexicanos desde 1929, salvo dois: Vicente Fox (2000-2006) e Felipe Calderón (2006-2012), ambos do PAN. Na década de 1980, López Obrador passou para a oposição.

AMLO perdeu por menos de um por cento as eleições de 2006, para Calderón, e não aceitou a derrota. Ele acusou o governo da época de fraude e convocou uma multidão de simpatizantes à Praça Zócalo, na capital, onde promoveu uma cerimônia de posse como legítimo presidente do México.

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Desta vez, as chances de AMLO ser escolhido nas eleições no México são maiores: os eleitores estão cansados da violência, que resultou em 30 mil homicídios em 2017, e dos escândalos de corrupção do atual governo.  

* Com informações da Agência Brasil.

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