A Justiça do Chile determinou que a família do ex-ditador Augusto Pinochet, que governou o país entre 1973 e 1990, devolva o equivalente a R$ 19,6 milhões aos cofres da nação.
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No entendimento da alta corte, o dinheiro da família de Pinochet , encontrado por investigadores em contas secretas ligadas ao ex-mandatário, é fruto de corrupção durante o período em que ele chefiou o país.
O valor encontrado nas contas, contudo, não é o suficiente para cobrir todo o dinheiro que o ditador subtraiu do Chile. Por isso, carros e propriedades de sua família irão a leilão. O valor total das multas pode atingir R$ 50 milhões, de acordo com o periódico chileno El Mercurio.
De acordo com os investigadores, Pinochet e outros militares da alta cúpula do governo desviaram dinheiro sistematicamente dos cofres chilenos. As contas no exterior ligadas ao ex-ditador foram descobertas em 2004, em um banco em Washington, nos Estados Unidos – país que dava sustentação as ditaduras latino-americanas . Ao todo, foram encontradas 125 contas.
11 de setembro revelou corrupção de Pinochet
Curiosamente, foram os atentados de 11 de setembro , que deitaram ao chão as duas torres do World Trade Center em Nova Iorque, que levaram os investigadores a descobrir por um acaso as contas secretas do ditador.
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Isso porque havia a suspeita de que o mesmo banco que guardava o dinheiro dos militares chilenos era usado para lavar o dinheiro de terroristas. Por isso, o banco passou a ser investigado, e diversas irregularidades foram constatadas.
O dinheiro encontrado nas contas não tinha a comprovação de origem, o que levantou suspeitas sobre a proveniência dos valores. Em 2018, completou-se 14 anos que o governo chileno buscava formas de reaver o montante. Depois de diversas jornadas jurídicas, a decisão põe fim a disputa, e a família de Pinochet terá de indenizar o estado pelos crimes de seu patriarca.
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