A cidade de Quebec, no Canadá , sedia nesta sexta-feira (8), a Cúpula do G7 – encontro dos representantes dos sete países mais industrializados do mundo. Porém, horas antes do início do encontro, já eram notados sinais de quão desgastante seria o encontro.
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Neste ano, a reunião do G7 será marcada pelo isolamento do presidente norte-americano, Donald Trump, do grupo. Isso porque ele se indispôs recentemente com o Canadá e com a União Europeia. O desentendimento rendeu até trocas de farpas entre o magnata e o outros líderes de Estado no Twitter.
Horas antes do início da reunião Trump devolveu na rede social as críticas do anfitrião do encontro, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e do presidente da França, Emanuel Macron, que disseram em uma coletiva em Montreal que uma discussão sobre retaliações sobre a política tarifária de importações sobre o aço e o alumínio adotada por Washington deve ser realizada.
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Antes disso, Macron também usou o Twitter para dizer que Trump parecia não se importar com o isolamento, mas disse que os demais países também não se importavam com tal decisão.
"O presidente americano pode não se importar em ficar isolado, mas também não nos importamos em assinar um acordo de seis países. Como esses seis países representam valores, eles representam um mercado econômico que tem o peso da história e que é agora uma verdadeira força internacional", disse Macron.
As tarifas sobre o aço e o alumínio serão examinadas pelos líderes, que discutirão também, nessa reunião, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e do acordo nuclear com o Irã, o combate à evasão fiscal e as relações com a Rússia e Coreia do Norte.
De G8 para G7
Os países pertencentes ao G7 são a França, o Canadá, os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, Itália e o Reino Unido. A Rússia foi suspensa do grupo em 2014, após a anexação da Crimeia.
Além disso, os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia são convidados e representam a União Europeia nas cúpulas anuais. A presidência do grupo, que atualmente pertence ao Canadá, é rotativa e varia anualmente.
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A cúpula do G7 é uma oportunidade para os líderes tratarem de alguns dos problemas globais mais desafiadores da atualidade. A reunião deste ano promete ser igualmente desafiadora.
* Com informações da Agência Brasil.