Kim Jong-un confirma encontro com Trump, mas revela receio com segurança
Segundo presidente sul-coreano, Kim disse em encontro que tem "dúvidas" sobre o papel dos EUA após a Coreia do Norte desativar programa nuclear
Por iG São Paulo | * |
Os líderes da Coreia do Norte e do Sul, Kim Jong-un e Moon Jae-in , concordaram em manter "diálogos de alto nível" no dia 1º de junho para continuar o projeto de reaproximação e desnuclearização da península coreana.
"Os líderes das duas Coreias se disseram de acordo em manter diálogos de alto nível em 1 de junho, e de acelerar diálogos em vários setores, inclusive sobre autoridades militares e sobe a Cruz Vermelha", publicou a agência de notícias sul-coreana KCNA após encontro entre Kim Jong-un e Moon Jae-in nesse sábado (26).
"Eles demonstraram intenção de se encontrar várias vezes no futuro para permitir o diálogo ativo e adotar medidas para atuar rapidamente no esforço para a desnuclearização da península", completou a KCNA.
A reunião entre Kim e Moon não havia sido divulgada na véspera e ocorreu em um vilarejo na fronteira entre os dois países. A ocasião serviu para a discussão de detalhes sobre a possível cúpula entre o norte-coreano e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 12 de junho, em Singapura.
Você viu?
Reunião com Trump
Em uma coletiva de imprensa, o sul-coreano falou que Kim confirmou que pretende se reunir com o norte-americano, apesar de o republicano ter anunciado na última quinta-feira o cancelamento da cúpula .
O líder de Pyongyang, segundo informou Moon, reconheceu ter dúvidas sobre se os EUA irão garantir a segurança da região quando a Coreia do Norte desativar completamente seu programa nuclear.
"As duas Coreias estão de acordo de que a reunião entre o Norte e os EA de 12 de junho deve ocorrer com sucesso", comentou o presidente de Seul. "A desnuclearização da península e a paz permanente não podem ser paradas".
Donald Trump havia decidido cancelar o encontro com Kim Jong-un alegando qua o norte-coreano expressa "raiva" e "hostilidade" ao alertar o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, de que o país poderia acabar como a Líbia se não fosse feito um acordo com Washington. No dia seguinte às suas declações, no entanto, Trump voltou atrás e disse que há "conversas muito produtivas" com a Coreia do Norte e que "provavelmente" será realizado o encontro com Kim no dia 12 de junho.
Leia também: Juíza dos Estados Unidos proíbe Donald Trump de bloquear usuários do Twitter
*Com informações e reportagem da Ansa