Trump e Kim Jong-un marcam encontro histórico para o Dia dos Namorados
Com não tanto 'love in the air', mas focado em seu discurso de paz, magnata norte-americano anuncia qual será o local e a data da reunião com o ditador
Por iG São Paulo | * |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou, na manhã desta quinta-feira (10) a data e o local em que irá se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un . Esse será o primeiro encontro na história entre líderes desses dois países – e ocorre após meses de trocas de farpas entre o magnata e o ditador.
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"O antecipado encontro entre eu e Kim Jong-un vai ocorrer em Cingapura, no dia 12 de junho. Nós dois vamos tentar torná-lo um momento muito especial para a paz mundial!", disse o presidente Donald Trump . O anúncio do norte-americano, como de costume, foi feito por meio do Twitter.
The highly anticipated meeting between Kim Jong Un and myself will take place in Singapore on June 12th. We will both try to make it a very special moment for World Peace!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 10 de maio de 2018
Apesar da data escolhida para o encontro mais esperado do ano – no Brasil, ironicamente, a mesma em que se comemora o Dia dos Namorados –, mundialmente, não há expectativas apenas positivas sobre a reunião.
Afinal, embora ambos os líderes tenham tomado atitudes que combinem com um discurso de paz, seus posicionamentos seguem divergentes. Por isso, um encontro pode não ser o suficiente para que os EUA e a Coreia do Norte alcançam estado de consenso para diversos assuntos – como a pauta balística e nuclear, por exemplo.
"Nunca houve uma relação como esta"
Mesmo com um notável receio a respeito do resultado da reunião, não é possível negar que o diálogo entre os dois líderes, mais do que nunca, esteja avançando.
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Nesta quinta-feira (10), por exemplo, Trump recepcionou pessoalmente os três prisioneiros norte-americanos que foram libertados pela Coreia do Norte e aproveitou para agradecer ao ditador Kim Jong-un.
Acompanhado pela primeira-dama, Melania, o republicano se encontrou com o trio na porta do avião que aterrissou na base de Andrews da Força Aérea, em Maryland. O vice-presidente, Mike Pence, também participou do encontro.
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Kim Hak-song, Kim Sang-duk e Kim Dong-chul foram libertados da prisão na última quarta-feira (9), em meio ao encontro entre o secretário de Estado, Mike Pompeo, com o líder norte-coreano. Na ocasião, ambos acertaram os últimos detalhes sobre a reunião histórica com Trump.
O trio havia sido preso sob a acusação de atividades anti-estatais. Dois deles foram detidos em 2017 e o outro em 2015.
"Acho que isto será um grande êxito. Nunca se chegou tão longe, nunca houve uma relação como esta. Eu realmente acredito que (Kim Jong-un) quer fazer algo e trazer seu país para o mundo real", disse Trump.
'Great again'?
Dong-chul, um dos libertados, afirmou, em um comunicado, que estar no Estados Unidos "é um sonho". A respeito da prisão, o ex-prisioneiro afirmou que teria realizado trabalho forçado, mas que recebia tratamento médico.
"Gostaríamos de expressar nosso profundo apreço ao governo dos Estados Unidos, ao presidente Trump, ao secretário Pompeo, e ao povo dos Estados Unidos por nos trazerem para casa", disse.
"Agradecemos a Deus e a todos os nossos familiares e amigos que rezaram por nós e pelo nosso retorno. Deus abençoe a América, a maior nação do mundo", escreveram os ex-prisioneiros em um comunicado em conjunto.
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Há quem defenda que toda essa movimentação de Donald Trump a favor do diálogo com Kim Jong-un seja um dos fatores que levariam o magnata a receber o Prêmio Nobel da Paz deste ano. "Dizem que eu mereço", é o que Trump se limita a comentar a respeito do assunto.
* Com informações da Agência Ansa.