Putin chama ataque dos EUA à Síria de "agressão contra o Estado soberano"
Para o presidente da Rússia, os EUA estão ajudando terroristas: 'Com suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria'
Por iG São Paulo |
Em resposta ao ataque dos Estados Unidos e seus aliados contra a Síria , o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o ato foi uma “agressão contra o Estado soberano”, e ainda acusou Washington de ajudar com sua ação os terroristas que atuam no país árabe.
"Com as suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria. Eles levam sofrimento para a população civil, e de fato, toleram os terroristas que torturam há sete anos o povo sírio", declarou Putin , em comunicado divulgado pelo Kremlin.
Além disso, Putin solicitou ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que fosse marcada uma reunião de emergência.
O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, informou que “tais ações não serão deixadas sem consequências”.
Ataque
O ataque aéreo foi feito por uma força conjunta entre Estados Unidos , França e Reino Unido nesta sexta-feira (13). O bombardeamento aconteceu em retaliação ao ataque químico contra civis feito pelo governo sírio, comandado por Bashar al-Assad em abril.
De acordo com o regime sírio, não foi feito nenhum uso de armas químicas, que são proibidas por convenções da ONU. A Rússia, aliada da Síria na guerra, afirma que há provas de que as imagens do suposto ataque químico em Duma são uma encenação .
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As forças aéreas e marinhas dos três países lançaram os primeiros ataques às 22h, no mesmo momento em que o presidente norte-americano, Donald Trump , fazia um pronunciamento anunciando o ataque. Nenhum número de mortos ou feridos foi divulgado.
Segundo com o Pentágono, três alvos foram atingidos pelo ataque: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs e uma base militar também em Homs.
"Ordenei às forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad", disse o presidente Donald Trump em seu depoimento na Casa Branca após o ataque.
O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou o bombardeio e disse que "arsenais químicos clandestinos" seriam os alvos da operação. A primeira ministra britânica, Theresa May, também deu uma declaração oficial. "As forças militares britânicas foram autorizadas a conduzir ataques coordenados com o intuito de diminuir o número de armas químicas do regime sírio", disse.
Porém, a rede de televisão estatal Syria TV informou que a força aérea da nação sírio conseguiu derrubar 13 mísseis lançados pelo países ocidentais nos subúrbios de Damasco. Ainda de acordo com a estatal, 110 mísseis foram atirados contra o território sírio, mas a maioria deles foi interceptada.
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