Um homem foi denunciado por vender crianças para fins sexuais em uma “casa do estupro”, em West Midlands, na Inglaterra. Shahzad ‘Keith’ Khan, foi acusado de fazer garotas de 14 anos como escravas sexuais desde 1996, obrigando-as a se prostituir cobrando um valor de R$ 8 mil por noite. As vítimas do pedófilo, que morreu em 2015 aos 61 anos e sem enfrentar a prisão, decidiram falar abertamente sobre o caso na última semana, expondo detalhes do confinamento com Khan, seu sobrinho e filho, sentenciados a 13 anos de prisão.
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De acordo com informações do Mirror , uma das garotas que Khan mantinha presa na “ casa do estupro ”, descreveu que mesmo depois de tanto tempo, sentia-se “morta por dentro”. A vizinha responsável pelas primeiras denúncias contra o pedófilo, afirmou que decidiu chamar a polícia por ter o visto levando uma criança de 12 anos para o local.
“Ele era conhecido no bairro por ser muito generoso, era uma figura emblemática por ter estampado a capa de diferentes noticiários após sua luta contra o câncer. Minha imagem sobre ele mudou completamente depois que o flagrei oferecendo sexo com menores para o meu irmão. Tentei levar o caso para as autoridades o mais rápido possível, mas eles excluíram todas as acusações afirmando que não tinham provas o suficiente”, disse a mulher que não teve sua identidade revelada.
Relatos e desfecho do caso
Testemunhos de outras vítimas de Khan asseguraram que além de abusar de crianças, obrigá-las a fazerem abortos, e castigá-las caso demorassem mais que o tempo estipulado para cada relação sexual, ele as ofereciam substâncias ilícitas e as colocavam para assistirem pornografia todos os dias.
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“Eu o conheci na rua, a caminho da escola. Ele me disse que eu tinha uma ‘fama ruim’, e que podia fazer bom uso daquilo, ganhar muito dinheiro. Ele me contou sobre outras garotas que estudavam comigo que estavam se sustentando sozinhas, e foi assim que tudo começou”, relatou uma vítima que atualmente tem 30 anos.
A mulher contou que sofreu diversos tipos de abusos ao longo de três anos, conseguindo fugir com 18, em um estado suicida depois de ser forçada a fazer sexo com nove homens seguidos e em lugares públicos. Ela também recordou o momento em que foi traficada para Birgingham, para se prostituir em uma residência de homens árabes, enquanto outra menina, que agora também tem 30 anos, usava heroína, que Khan a fornecia.
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Ambas as mulheres ressaltaram que eram obrigadas a conviver com o filho, Shahmeel e o sobrinho, Mohammed Ali Sultan, que também abusavam das crianças que residiam na “casa do estupro”. Eles foram condenados a sete anos de prisão em 2012, com aumento de seis anos nas penas em 2015, após a polícia local descobrir outros crimes cometidos por eles.