Depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu o mundo inteiro, na noite dessa quinta-feira (8), ao ter aceitado o convite do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para um encontro bilateral, a comunidade internacional reagiu.
Nesta sexta-feira (9), muitos líderes se disseram felizes com a esperada reunião. Outros ainda visualizaram o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un como um "primeiro passo" para o fim da crise entre os dois países.
O tema da reunião será justamente a "desnuclearização" da Península Coreana. De acordo com as últimas declarações do líder norte-coreano, o único motivo que o faz não abandonar o seu programa nuclear é a suposta ameaça que os Estados Unidos representam para a península.
Os líderes da Coreia do Sul, China, Japão, China e Rússia, por exemplo, encararam positivamente a decisão. O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, garantiu que foi Trump, pessoalmente, que aceitou se reunir com o norte-americano.
Para Tillerson, serão necessárias apenas "algumas semanas" para organizar o encontro mais esperado do ano. "Essa é uma decisão que o próprio presidente tomou. Eu falei com ele bem cedo nesta manhã sobre essa proposta e nós tivemos uma conversa muito boa", disse o secretário.
Apoio oriental
Hoje cedo, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, afirmou que acredita que o encontro dos líderes de ambos os países pode fazer com que Kim aposente seu programa nuclear.
Segundo o porta-voz do governo sul-coreano, Trump já havia dito ao chefe da Agência de Segurança Nacional do país, Chung Eui-Yong, que haveria bons resultados de um encontro dele com Kim.
Com isso, Yong afirmou estar "otimista" para uma solução pacífica da crise na península coreana.
Já no Japão, o diálogo entre Trump e o ditador norte-coreano é visto como resultado das sanções aplicadas ao governo de Pyongyang. Isso é o que disse nesta sexta o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
"Me agrada a mudança da Coreia do Norte em querer realizar uma reunião para discutir a desnuclearização, que é o resultado da alta pressão feita pelo Japão, Estados Unidos, na Coreia do Sul e pelos restantes membros da comunidade internacional", declarou.
A declaração foi dada após um telefonema entre o japonês e o presidente dos EUA, que chegou a informar sobre a possível mudança de postura da Coreia do Norte de suspender o seu programa nuclear.
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O premiê japonês afirmou ainda que visitará os Estados Unidos em abril para um encontro com Trump. Em seu discurso, ele enfatizou que "concorda totalmente" com a maneira de agir do magnata em relação aos problemas com Kim.
"O Japão e os Estados Unidos mantêm uma posição firme e de máxima pressão sobre a Coreia do Norte até que tomem medidas concretas de abandonar irreversivelmente o desenvolvimento de armas nucleares e mísseis", concluiu.
O governo da China, por sua vez, saudou a decisão de Trump de se encontrar com o ditador. "Saudamos os sinais positivos dados pelos Estados Unidos e pela Coreia do Norte no sentido de um diálogo direto", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em Pequim.
"O próximo passo é a manutenção deste momento positivo, alcançando sinergias para o trabalho conjunto no sentido de restaurar a paz e a estabilidade na península da Coreia", acrescentou.
Além disso, Shuang ressaltou que "a China vai continuar a desempenhar um papel positivo", na busca de uma solução negociada para a crise.
Rússia
Outra nação que reagiu ao anúncio de Trump foi à Rússia. O ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou que o Kremlin encara a medida como um "passo no sentido da normalização" da situação na península coreana.
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"Vemos o encontro como um passo no bom caminho. Acabamos de tomar conhecimento do encontro. Esperamos que se realize", afirmou.
Suíça
Além das interpretações sobre o encontro e suas consequências, o governo suíço declarou também nesta sexta, que está disponível para sediar a reunião entre Trump, e o líder norte-coreanos, Kim Jong-un.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Suíça, o acolhimento e prontidão do país são bem conhecidos, mas cabe às partes envolvidas decidir quando e onde pretendem realizar o diálogo.
No entanto, o governo tem vontade expressa que Trump e Kim se reúnam na Suíça, pois quer participar dos esforços de paz. O país "está em contato com todos os lados", diz o Ministério.
Reação do Mercado
Um dia depois do anúncio sobre o encontro entre Trump e Kim, as bolsas da Ásia fecharam em alta. O Nikkei 225, de Tóquio, subiu 0,47%, para 21.469,20 pontos. Já em Xagnai, o Xangai Composto aumentou 0,57%, com 3.307,16 pontos.
Em Hong Kong, por sua vez, o Hang Seng avançou 1,11%, somando 30.996,21 pontos, enquanto que em Seul, o Kospi ficou em alta de 1,08%, a 2.459,45 pontos.
"Reunião a ser marcada!"
O republicano disse, nesta quinta, que aceitaria se encontrar com Kim Jong-un devido às intenções públicas do ditador norte-coreano de abandonar o seu programa de armamentação nuclear.
"Kim Jong-un falou sobre 'desnuclearização' com os representantes sul-coreanos, não apenas sobre um congelamento", escreveu o presidente dos Estados Unidos. "Além disso, não houve nenhum teste de mísseis pela Coreia do Norte durante este período de tempo. Estão a ser feitos grandes progressos, mas as sanções permanecerão até que se atinja um acordo. Reunião a ser planejada!", concluiu o magnata.
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Depois de anunciar pelo Twitter a decisão de aceitar o encontro com o líder da Coreia do Norte, Donald Trump, não publicou mais nada sobre o assunto. Além disso, o governo brasileiro não se pronunciou sobre o assunto.
* Com informações da Agência Ansa.