Poucos dias depois de reabrir a comunicação e de descongelar o seu relacionamento com Seul, o governo da Coreia do Norte pediu, nesta quinta-feira (11), que a Coreia do Sul suspenda suas manobras militares ao lado do exército dos Estados Unidos .
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O pedido vem em um momento de trégua na tensão na península coreana. De acordo com a agência de notícias Yonhap , a Coreia do Norte afirmou que são essas manobras as principais causadoras da eterna 'guerra' entre os dois países.
"Se as autoridades sul-coreanas realmente querem a extinção da tensão e alcançar a paz, devem dar um fim em sua participação em todos os atos militares travados por eles (os EUA) contra seus irmãos (do norte)", disse o principal jornal norte-coreano, Rodong Sinmun , em um artigo de opinião.
Trégua na península coreana
Na última terça-feira (9), as autoridades norte e sul-coreanas se reuniram em um encontro histórico, após quase dois anos sem comunicação.
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O pretexto para tal encontro foram os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul. Os irmãos do norte foram convidados a participar da competição e aceitaram enviar uma delegação para o evento.
Após esse acordo, Seul e os Estados Unidos concordaram em atrasar suas manobras militares atuais até o fim dos Jogos. De qualquer maneira, a tensão entre os países se mantém.
Unificação – e a tensão com os EUA
"As duas Coreias não podem remover a desconfiança mútua e esquecer o clima de confronto, dando um passo em direção à unificação, se estiverem sob tensões militares persistentes", disse o jornal.
Em sua publicação o jornal ainda ataca, nesse contexto, os norte-americanos, afirmando que o país de Donald Trump está "constantemente agravando" a situação com o objetivo de alcançar "sua ambição de supremacia mundial".
O texto publicado pelo jornal norte-coreano reafirma a preocupação com que a comunidade internacional encara a surpreendente reaproximação entre as duas Coreias.
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Analistas avaliam que, com o crescimento das tensões entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos – apimentadas por trocas de farpas entre Kim Jong-un e Donald Trump –, o 'inimigo' norte-coreano agora é declaradamente outro, e não mais os seus vizinhos do sul. Resta saber como o líder do norte vai usar a reaproximação com Seul a seu favor no confronto com os EUA.