Feminista de topless tenta arrancar estátua de Jesus de presépio no Vaticano

Ainda nesse feriadão de Natal, outras duas mulheres do Femen subiram no cenário montado na Praça São Pedro, em 'atos contra o patriarcado'; veja

Alisa Vinogradova chegou a pular os trilhos de segurança do presépio, mas foi impedida pela polícia
Foto: Reprodução/Facebook Femen
Alisa Vinogradova chegou a pular os trilhos de segurança do presépio, mas foi impedida pela polícia

Uma ativista do grupo feminista Femen tentou invadir o presépio da Praça São Pedro, no Vaticano, e roubar a estátua do bebê Jesus do cenário, nesta segunda-feira de Natal (25).

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A feminista , que foi identificada pelo grupo como Alisa Vinogradova, chegou a pular os trilhos de segurança do presépio, mas foi impedida pela polícia enquanto agarrava Jesus.

Durante sua intervenção, a ativista – que estava de topless – gritou "Deus é mulher", frase que também estava pintada nas suas costas.

Embora não tenha conseguido completar o seu protesto, Alisa foi apenas uma de três. Afinal, ainda nesse feriadão de Natal , outras duas mulheres subiram no cenário montado na Praça São Pedro em atos 'contra o patriarcado'.

Representando a Virgem Maria, duas ativistas do grupo chegaram a subir no cenário, vestindo véus brancos e mantos azuis, e com os seios a mostra – marca registrada do Femen.

Foto: Reprodução/Facebook Femen
Algumas ativistas do grupo feminista Femen conseguiram invadir o presépio da Praça São Pedro, no Vaticano neste Natal

Para o grupo, a política do Vaticano é "um forte ataque medieval à liberdade das mulheres e a seus direitos naturais", diz nota publicada na pagina do Femen, que acrescenta: "Uma criança não vem de um deus, mas de uma mulher".

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Por isso mesmo, o protesto feito na capital da Igreja Católica tinha como foco a denúncia contra o feminicídio e a violência contra a mulher. Outra pauta em jogo foi a descriminalização do aborto.

"O aborto continua a ser ilegal em 20 países do mundo e muito restrito em dezenas de outros", diz o comunicado divulgado pelo grupo. "Maria nos lembra que já não vivemos em tempos arcaicos", continua.

Apoio de outros movimentos

Em sua publicação sobre o ato de protesto, o Femen pediu ainda que outros grupos se unam à sua causa.

" Mulheres , homens, cristãos, judeus, muçulmanos, ateus, agnósticos, secularistas, vamos todos, juntos, tomar uma posição contra a violência sobre as mulheres", escreveu. "Vamos trabalhar juntos para fazer de 2018 um ano mais pacífico e mais igual para todos", encerra o grupo feminista.

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