Tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, desaparecido desde o dia 15 de novembro, relataram problemas envolvendo entrada de água no equipamento e curto-circuito nas baterias horas antes de sumir dos radares. De acordo com a emissora A24 , que divulgou o conteúdo do relato, o comando da Marinha Militar da Argentina teria ocultado tais informações.
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O contato foi enviado às 08h52, horário local, cerca de uma hora após o recebimento do até então considerado o último relatório da embarcação. O relato dos problemas aconteceu, de acordo com os horários, pouco mais de duas horas antes da identificação de uma espécie de “explosão” no local onde o submarino deveria estar.
A notificação, divulgada pela emissora , dizia: "entrada de água do mar, através do sistema de ventilação, junto às baterias de número 3 causaram um curto-circuito e um princípio de incêndio nas barras das baterias. Baterias de proa fora de serviço. Atualmente em imersão, propulsando com um circuito dividido. Sem novidades do pessoal".
O caso repercutiu na impresa do país, e por causa disso, Enrique Balbi, o porta-voz da Marinha, confirmou o relato de um curto-circuito provocado pela "entrada de água pelo snorkel", como é denominado o sistema de ventilação de embarcações desta natureza.
De acordo com o portal Infobae , nem o presidente da Argentina Mauricio Macri nem o ministro da Defesa Oscar Aguad foram informados da mensagem. Como consequência, o líder teria decidido por remover o almirante Marcelo Srur, comandante da Marinha, Luis Enrique Lopez Mazzeo, treinador do corpo militar, e também Claudio Villamide, comandante dos submarinos.
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"Missão final"
Na última segunda-feira (27), o governo da Argentina lançou uma “missão final” para encontrar o ARA San Juan , que desapareceu com 44 pessoas a bordo no dia 15 de novembro. Um minissubmarino norte-americano deve chegar à área de buscas, reduzida a 74 quilômetros quadrados, com o poder de resgatar 16 pessoas simultaneamente, ainda levando 44 coletes salva-vidas.
O porta-voz da Marinha Enrique Balbi informou que não há prazo para essa missão terminar. Segundo ele, “o presidente, o ministro da Defesa e o Chefe da Armada ordenaram que sigamos focados na busca, e não se fala de nenhum tempo definido, já que ainda não o encontramos”, afirmou.
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No momento, por mais que as chances de encontrar sobreviventes seja baixa, há 14 navios e três aeronaves trabalhando para tentar localizar o submarino. Além da cápsula norte-americana, também há submarinos do Brasil e da Rússia realizando a busca.
*Com informações da Agência Ansa