O número de vítimas fatais deixadas pelo terremoto que atingiu a região na fronteira entre o Irã e o Iraque, na noite do último domingo (14) , subiu para 530.
Ainda de acordo com o último balanço divulgado nesta terça-feira (14), o terremoto de 7,3 de magnitude deixou pelo menos 8 mil feridos. As informações foram confirmadas pela agência estatal iraniana Irna.
Também hoje, o presidente iraniano Hassan Rohani, visitou algumas das áreas mais afetadas pelo sismo e prometeu ajuda governamental para a reconstrução dos imóveis desabados.
Mais vítimas no Irã que no Iraque
O tremor de terra foi registrado às 21h48 (15h48 no horário de Brasília) e teve epicentro localizado a 32 km a sudoeste da cidade iraquiana de Halabja (a cerca de 300 km a noroeste da capital Bagdá).
A maioria das vítimas estavam no Irã. No país, o número de mortos registrado ultrapassou 430, nesta segunda-feira, e o de feridos, ontem, estava em 6.700, de acordo com a Irna.
No Iraque, o tremor deixou pelo menos sete mortos na província de Suleimaniya, que fica na região do Curdistão iraquiano. Cerca de 14 províncias iraquianas sentiram o tremor de terra. E ao menos 300 iraquianos ficaram feridos.
Leia também: Aniversário interrompido e repórter apavorado: veja vídeos do terremoto no Irã
Foram emitidos alertas em cidades de Israel e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O tremor de terra foi sentido também no sudeste da Turquia, mas não provocou danos.
"O objetivo agora é acelerar o envio de ajudas e as operações de socorro das pessoas soterradas nos escombros", informou o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei.
Entrando para a história
Esse já é o tremor que mais deixou mortos em 2017, superando o número de vítimas do sismo que atingiu o México em setembro.
O país persa fica localizado em uma grande falha geológica e está suscetível a terremotos devastadores.
Em 2003, 30 mil pessoas morreram em um terremoto em Bam, na província de Kerman, no sudeste do Irã . Em 1990, cerca de 50 mil foram mortos em um tremor cujo epicentro ocorreu perto do Mar Cáspio.
Leia também: Dois anos após atentados em Paris, franceses vivem luto e Bataclan tem novo show