Trump diz que tiroteio no Texas é 'caso de doença mental, não de posse de armas'

Ataque traz à tona discussão sobre posse de armas nos Estados Unidos, mas presidente defende questão alegando que o atirador era "um desequilibrado"

Donald Trump voltou a negar que a legislação de porte de arma nos EUA seja 'o problema' dos massacres e tiroteios no país
Foto: Reprodução/Twitter
Donald Trump voltou a negar que a legislação de porte de arma nos EUA seja 'o problema' dos massacres e tiroteios no país

O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, definiu, nesta segunda-feira (6), como "um ato de maldade" e "horrendo" o massacre cometido nesse domingo (5) pelo jovem Devin Kelley, de 26 anos, que abriu fogo contra uma igreja no Texas.

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"O tiroteio no Texas foi cometido por um indivíduo que tinha problemas mentais, simplesmente um desequilibrado", disse Donald Trump , que está em visita ao Japão, parte de um giro pela Ásia.

Em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Tóquio, Trump voltou a negar que a legislação de porte de arma nos EUA seja "o problema" dos massacres e tiroteios no país. "Temos muitos problemas de saúde mental no nosso país, mas esta não é uma situação ligada às armas", ressaltou.

Essa não é a primeira vez que o magnata se refere a atiradores como doentes. Isso porque, quando um atirador matou 59 pessoas e deixou mais de 500 feridas em Las Vegas, Trump também classificou o autor, Stephen Paddock, de um "indivíduo muito, muito doente".

Na ocasião, porém, o presidente norte-americano afirmou que as leis norte-americanas que permitem a posse de armas seriam discutidas com o passar do tempo.

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Hoje, os republicanos são maioria no Congresso com Trump e a Associação Nacional do Rifle (NRA, a sigla em inglês) congrega os fabricantes de arma e mantém poderosa influência no Congresso norte-americano. Por conta disso, o magnata não vai, tão cedo, se posicionar contra a posse de armas. 

Ataque planejado por um ex-oficial

Devin Patrick Kelley, o autor do ataque a tiros que deixou mortos e feridos na 1ª Igreja Batista de Sutherland Springs – a 45 quilômetros de San Antonio, no Texas – neste domingo, foi identificado como um jovem branco que já fez parte da Força Aérea norte-americana.  

De acordo com o jornal Los Angeles Times , o atirador do Texas serviu no Novo México, de 2010 a 2014, quando foi dispensado. O motivo para a sua dispensa foi uma denúncia de agressão contra sua esposa, Danielle Lee Shields, e seus filhos.

Por conta da denúncia, Kelley foi julgado em um tribunal militar em 2012, condenado a ficar 12 meses sob custódia e, por conta de seu mau comportamento, foi dispensado da instituição.

Kelley morreu nesse domingo, durante uma perseguição policial, após ter entrado na igreja e disparado contra as pessoas que estavam reunidas para uma celebração dominical. Ao menos 26 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas. 

As vítimas, segundo o governador do estado, Greg Abbott, tinham entre 5 e 72 anos. Entre os mortos estão Annabelle Pomeroy, filha de 14 anos do pastor Frank Pomeroy. Esse foi o terceiro tiroteio em uma igreja norte-americana em três anos.

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Pelo twitter, Donald Trump comentou o tiroteio: "Que Deus esteja com as pessoas de Sutherland Springs. Estou monitorando a situação aqui do Japão". 

* Com informações da Agência Ansa.