Pelo menos 34 pessoas morreram devido aos incêndios que assolam Portugal e a Espanha , segundo informaram os oficiais dos dois países nesta segunda-feira (16). Em Portugal, onde 31 pessoas foram mortas, mais de quatro mil bombeiros trabalham contra 150 focos de fogo, e pelo menos 51 pessoas estão feridas, sendo que 15 estão em estado grave. As informações são da rede de TV norte-americana CNN .
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Os incêndios atravessaram uma grande área ao nordeste de Portugal, chegando à região da Galícia, na Espanha, durante o fim de semana. O Corpo de Bombeiros português enfrentou 524 focos de incêndio no domingo, o número mais elevado já visto na história do país em um único dia.
Alguns dos focos começaram de maneira deliberada, segundo as autoridades dos dois países da Península Ibérica, mas as más condições do tempo também colaboram para a situação alarmante. Isso porque Portugal enfrenta a pior seca dos últimos 87 anos, de acordo com o Instituto do Mar e Atmosfera (IPMA, na sigla em inglês) do país, o que acaba agravando a seca – e ajudando o fogo a se esparramar.
A previsão do tempo é de chuva nos próximos dias, mas 32 distritos portugueses ainda estão sob risco de sofrer incêndios, com mais de 58 em alto risco.
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Luto na Espanha
Na Galícia, as autoridades declararam três dias de luto. O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy fez um minuto de silêncio nesta segunda-feira em homenagem às três vítimas fatais no país. “O governo da Espanha está com a Galícia, com seu povo e com a Junta [da Galiza]”, escreveu Rajoy em seu Twitter. “Juntos combateremos o fogo”, completou.
. @marianorajoy ofrece a la @Xunta "cualquier ayuda que necesite" en la lucha contra los #incendios https://t.co/3myl4s6NvD pic.twitter.com/BpOYctgAXn
— La Moncloa (@desdelamoncloa) 16 de outubro de 2017
O líder galego Alberto Nunez Feijoo se referiu aos incêndios como “atos terroristas” em uma publicação em redes sociais nesta segunda-feira. “Um dia como ontem não é resultado do acaso”, escreveu.
Feijoo ainda descreveu a situação que a região enfrenta como “difícil e complexa”, ainda agradeceu ao trabalho feito pelos bombeiros , por seus esforços para o combate ao fogo.
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No mês de junho deste ano, pelo menos 62 pessoas morreram em Portugal por causa de incêndios ocorridos no centro do país. Na época, os eventos foram descritos como “a maior tragédia selvagem dos últimos anos”.