Mesmo com oposição do governo espanhol, as autoridades regionais da Catalunha pretendem realizar neste domingo (1º) um referendo de independência. Para evitar que os locais de votação sejam fechados, conforme ordenou a Justiça, centenas de pessoas permanecem nos centros desde a noite de sexta-feira (29).
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De acordo com informações da Agência EFE e o governo espanhol na Catalunha , a polícia catalã está presente em 1,3 mil centros designados pelos responsáveis pelo referendo, entre eles, 163 apenas estão ocupados. Até o momento, entretanto, ninguém foi obrigado a se retirar dos locais. Os agentes também não requisitaram materiais relacionados à votação, como urnas e panfletos, e apenas acompanham a movimentação. A ordem, porém, é que as pessoas deixem os locais até antes das 6h, horário local, do dia 1º.
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Íñigo Méndez de Vigo, porta-voz do gabinete presidencial, afirma que o referendo transgride as leis espanholas e carece de garantias democráticas, além de ser um "caos organizativo" sem censo, nem cédulas, nem urnas, nem centros oficiais de votação. O desejo de separação por parte dos moradores da região, porém, vem de séculos atrás. Ainda hoje, os catalães mantém língua e tradições próprias, mesmo com a oposição do governo espanhol.
O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, convocou a população para a votação de domingo e garantiu que os partidários do referendo venceram "os medos, as ameaças, as pressões, as mentiras e as intimidações" de um Estado "autoritário". A organização do referendo prevê que 5,34 milhões de cidadãos possam votar entre as 9h e as 20 horas de domingo (de 4h às 15h em Brasília)
Votação
A ideia é que as pessoas votem um modelo de urna de plástico apresentado ontem à imprensa, mas o vice-presidente catalão, Oriol Junqueras, assegurou que haverá alternativas nos locais onde as forças de segurança impeçam a votação. O modelo alternativo, entretanto, não foi divulgado. A apuração dos resultados estará a cargo de um grupo de acadêmicos e profissionais, já que os integrantes da Junta Eleitoral renunciaram há alguns dias para evitar as multas do TC.
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O governo da Catalunha convocou o referendo no dia 6 de setembro, logo após o Parlamento regional ter aprovado a lei que o regula com o apoio maioritário e único dos grupos independentistas.
*Com informações da Agência Brasil