A Promotoria do Peru solicitou à Justiça do Brasil autorização para interrogar o empresário Marcelo Odebrecht sobre Keiko Fujimori, líder da oposição no país e candidata derrotada na última eleição presidencial. O pedido foi feito pelo promotor peruano, José Domingo Pérez.
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Pérez afirmou, nesta segunda-feira (18), que o pedido foi apresentado por meio do Escritório de Cooperação Judicial Internacional e Extradições da Promotoria da Nação do Peru. Marcelo Odebrecht está preso desde 2015 por causa da Operação Lava Jato.
No Peru, a Justiça investiga o pagamento feito pela empreiteira de propinas de US$ 29 milhões entre 2005 e 2014, um caso pelo qual já foram denunciados por lavagem de dinheiro os ex-presidentes peruanos Alejandro Toledo (2001-2006) e Ollanta Humala (2011-2016). O ex-presidente Alan García (2006-2011) é investigado por ter recebido presentes em troca de benefícios na construção do metrô de Lima.
Novas evidências
Em agosto, o procurador-geral do Peru , Pablo Sánchez, informou que uma mensagem encontrada no celular do empresário brasileiro com o texto "Aumentar Keiko para 500 e fazer visita" estava em poder dos promotores peruanos para ser adicionada às investigações.
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No início do mês, Pérez assumiu a investigação sobre as contribuições recebidas em uma série de eventos pelo partido da filha do ex-presidente Alberto Fujimori, o Força Popular.
A Promotoria abriu uma investigação preliminar contra a líder opositora após confirmar que tinha em seu poder uma mensagem do empresário brasileiro que ligava Keiko às contribuições dadas aos candidatos peruanos nas eleições presidenciais de 2011.
Marcelo teria pedido ao então diretor da empresa no Peru, Jorge Barata, que aumentasse o apoio à candidatura de Keiko durante a campanha presidencial de 2011. O próprio Barata teria afirmado isso a promotores peruanos em maio. Parte das declarações feitas por ele foi publicada pela revista peruana Caretas, em julho.
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Barata disse aos promotores que investigam o caso que realizou doações às campanhas eleitorais de vários candidatos à presidência do Peru, entre eles Humala, que está preso preventivamente. Keiko respondeu em agosto que nem o Força Popular nem ela recebeu dinheiro da Odebrecht. Além disso, a líder opositora afirmou que sempre colaborou com todas as investigações.
* Com informações da Agência Brasil