Após um grave terremoto de magnitude 4.0, que atingiu a ilha meridional italiana de Ischia, em Nápoles, nesta segunda-feira (21), mais de mil pessoas se mobilizaram para deixar o local. O problema é que a ilha não tinha – ou não seguiu – um plano de evacuação adequado para o número de pessoas que estavam por lá.
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O terremoto causou a morte de duas pessoas, o ferimento de outras 25, momentos de pânico entre a população e danos materiais. No momento da evacuação, houve ainda o prejuízo financeiro. Isso porque as companhias que fazem o transporte marítimo entre a ilha e o continente cobraram passagens de quem estava tentando fugir da cidade.
De acordo com depoimentos de turistas, por conta do desastre e do péssimo plano de retirada, longas filas se formaram no porto de Ischia. Centenas de pessoas, inclusive, precisaram dormir nas filas – ou em seus carros – esperando a chance de poder deixar a ilha italiana .
Entre os afetados, estava o produtor cinematográfico Gaetano di Vaio, que usou as redes sociais para criticar. "Vergonha em Ischia . Nessa noite, milhares de pessoas, em pânico total, foram obrigadas a pagar antes um ingresso para depois embarcar após horas e horas de espera. Espero que haja advogados interessados nisso. Em uma situação de altíssima emergência, isso é imperdoável", escreveu.
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Outro italiano, chamado Mariano Bonky, publicou uma foto da passagem em suas redes sociais e ironizou o caso, dizendo que "esse é um plano de evacuação, fazer fila por duas horas e pagar a passagem". "Sem palavras!", exclamou.
Sem necessidade de evacuação
Apesar do governo local afirmar que, após o terremoto, não havia necessidade alguma de abandonar a ilha, muitos turistas não pensaram duas vezes e anteciparam o fim das férias.
De acordo com as autoridades da Defesa Civil, 1.051 pessoas já deixaram Ischia após o terremoto registrado pouco antes das 21h (16h) desta segunda-feira. Além disso, turistas que planejavam ir à ilha, cancelaram suas viagens e estão pedindo reembolso dos bilhetes.
O tremor aconteceu em pleno verão europeu, época em que Ischia é mais visitada por italianos e por turistas . Os bombeiros locais informaram, ainda na manhã desta terça-feira, que conseguiram retirar, após 16 horas, uma criança de 11 anos dos escombros de sua casa, que caiu após o terremoto.
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* Com informações da Agência Ansa.