Foi morto nesta segunda-feira (21) o motorista da van usada no atentado terrorista que deixou 15 mortos e 130 feridos na semana passada em Barcelona. O suspeito foi identificado como Younes Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos de idade.
Younes foi encontrado durante operação da polícia da Catalunha em Subirats, cidade que fica a cerca de 45 quilômetros de Barcelona. O terrorista morreu após ser baleado por policiais que o encontraram vestindo dispositivo que aparentava ser um cinturão com explosivos. Um robô do esquadrão antibomba foi acionado para averiguar o item e constatou que tratava-se de um falso explosivo.
O marroquino foi flagrado por câmeras de segurança de um mercado fugindo do local do ataque logo após o atropelamento de centenas de pedestres em La Rambla na última quinta-feira (17), conforme revelou o jornal espanhol El País .
Os investigadores catalães acreditam que, além de Younes Abouyaaqoub, o grupo de seguidores da facção jihadista Estado Islâmico responsável pelo atentado em La Rambla era formado por outros 11 terroristas.
Desse grupo, cinco suspeitos foram mortos durante nova tentativa de ataque ocorrida em Cambrils (na província de Tarragona, na Espanha) horas após o atentado de Barcelona. Quatro terroristas foram presos pela polícia e acredita-se que os dois outros suspeitos morreram em explosão ocorrida na semana passada numa casa em Alcanar, local que era usado para o preparo de explosivos que seriam utilizados pelos terroristas.
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O atentado de La Rambla
No fim da tarde da última quinta-feira, uma van branca saiu da Praça da Catalunha , um dos pontos mais movimentados da cidade, e invadiu as Ramblas, rua turística de 1,2 quilômetro que segue até a marina da capital catalã.
O local é formado por duas vias estreitas para carros nas laterais e um amplo calçadão no centro, com inúmeras bancas, quiosques comerciais e barraquinhas de souvenires.
Em um movimento de "zigue-zague", a van percorreu cerca de 600 metros no calçadão de pedestres e atropelou dezenas de pessoas até se chocar contra um quiosque.
O motorista então abriu a porta e saiu correndo. Ele não chegou a dar nenhum grito em que remetesse a um grupo terrorista e também não aparentava estar armado. Poucas horas após o atentado, o grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque em Barcelona, por meio de sua agência oficial de propaganda, a Amaq .