Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, apoia um projeto de lei anunciado no último sábado (22) pelas duas câmaras do Congresso americano para aumentar as sanções à Rússia, devido em parte à sua suposta ingerência nas eleições do país, disse neste domingo (23) a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
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“Apoiamos o projeto de lei tal como está agora”, afirmou Sanders, em entrevista à emissora de televisão ABC News. A Casa Branca tinha se oposto a uma versão anterior do mesmo projeto, devido sobretudo ao fato de que o plano limitava a capacidade de Trump de suspender as sanções à Rússia.
Incluindo também novas sanções ao Irã e à Coreia do Norte o projeto de lei mantém um limite: se o presidente quiser suspender as restrições ou fazer mudanças “significativas” na política para a Rússia, deverá informar ao Congresso e este teria 30 dias para decidir se lhe permite fazê-lo.
Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, advertiu no mês passado que aumentar as sanções a Moscou complicaria seu esforço para endireitar as relações com a Rússia, e instou os legisladores a dar “flexibilidade” ao mandatário norte-americano para desenvolver sua política exterior. No entanto, Sanders assegurou hoje que o governo “apoia ser duro com a Rússia e, em particular, impor estas sanções”.
“A legislação original estava mal concebida, mas pudemos trabalhar com a Câmara de Representantes e o Senado, e a administração está satisfeita de ter podido fazer isso e ter feito mudanças que eram necessárias”, destacou a porta-voz. “Seguiremos trabalhando com a Câmara e o Senado para impor essas duras sanções à Rússia até que se resolva a situação na Ucrânia, algo que, por enquanto, não ocorreu”, acrescentou.
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Com votação marcada para a próxima terça-feira (25), na Câmara, e pouco depois no Senado, o texto imporia sanções à Rússia não só pela sua interferência nas eleições presidenciais de 2016, mas também por sua atividade militar no leste da Ucrânia e sua anexação da península ucraniana da Crimeia em 2014. A lei sancionaria ainda os russos implicados em violações de direitos humanos, responsáveis de ciberataques e indivíduos que tenham fornecido armas ao regime sírio de Bashar al Assad.
Na votação, será usado um procedimento expresso reservado para projetos de lei que contam com muito respaldo, e se espera que seja aprovado por uma maioria de dois terços em ambas câmaras, um apoio suficientemente amplo para invalidar qualquer veto que o presidente dos EUA pudesse decidir impor sobre a legislação.
A Casa Branca parece ter decidido que, ainda se o mandatário mantiver sua capacidade de veto, não lhe conviria fazê-lo em um momento em que há investigações abertas do FBI e do Congresso sobre os seus supostos laços com a Rússia.
Em relação ao Irã, o projeto de lei impõe sanções financeiras e proíbe a entrada nos EUA de pessoas implicadas no programa de mísseis balísticos de Teerã e daqueles que negociem com eles. A lei também obrigaria o governo americano a aplicar sanções à Guarda Revolucionária do Irã por seu “apoio do terrorismo” e a sancionar violadores de direitos humanos.
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Além disso, o projeto apoiado por Trump proibiria a entrada nos Estados Unidos de bens produzidos com uso de trabalhos forçados na Coreia do Norte, e vetaria a chegada a portos americanos de barcos norte-coreanos ou provenientes de países que não implementem as resoluções da ONU contra Pyongyang.
*Com informações da Agência Brasil