O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu neste domingo (4) a autoria dos ataques que deixaram sete pessoas mortas e dezenas de feridos no último sábado (3) em Londres, na Inglaterra. As informações são do Site Intelligence Group, uma organização internacional dedicada ao monitoramento das atividades de grupos jihadistas.
A agência de notícias " Reuters " informa que a Amaq, veículo oficial de comunicação do Estado Islâmico , também fez publicações reivindicando a autoria dos atentados na London Bridge e no Borough Market, em Londres.
Esta foi a terceira vez no ano que a Inglaterra foi alvo de ações terroristas . A primeira ocorreu em março, quando três pessoas morreram após serem atropeladas na ponte de Westminister, nas proximidades do Parlamento britânico. O responsável pelo ataque foi morto pela polícia.
O segundo ataque do ano no país ocorreu no dia 22 de maio, quando um terrorista explodiu uma bomba durante um show da cantora Ariana Grande da cidade de Manchester . O atentado deixou 22 pessoas mortas e 116 feridos. Neste domingo, a artista voltou a Manchester para a realização de um show beneficente em homenagem às vítimas. A apresentação contou com a presença de outros artistas, como Justin Bieber, Miley Cyrus, Katy Perry, Coldplay, Little Mix, Robbie Williams e Liam Gallagher.
No sábado, um grupo de terroristas avançou com uma van branca em alta velocidade contra pedestres que cruzavam a London Bridge . Alguns quarteirões à frente, três homens desembarcaram do veículo armados com facas e atacaram pessoas que estavam no Borough Market. Os três foram baleados pela polícia e morreram.
De acordo com a rede de televisão “ CNN ”, 36 vítimas ainda estão hospitalizadas, sendo que 21 delas estão em estado crítico. Até o início da noite deste domingo, 12 pessoas haviam sido presas pela polícia britânica por suspeita de participação nos ataques.
Resposta do governo
Na manhã deste domingo, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, fez um duro discurso contra o terrorismo , alertando que "há muita tolerância" no Reino Unido e prometendo que se empenhará na luta contra a ameaça de radicais islâmicos.
May defendeu tornar mais duras as punições àqueles que se envolverem com qualquer tipo de ameaça terrorista, mesmo que em fatos de menor gravidade. A ideia é reprimir eventuais 'lobos solitários', que são indivíduos convertidos ao Islã que não possuem vínculo com células terroristas, tal como o Estado Islâmico, mas que atuam sozinhos.